QUAL SERIA O MEIO DE CAMPO IDEAL DO FORTALEZA?
- ADVÍNCULA NOBRE
- 15 de ago. de 2017
- 4 min de leitura

O Fortaleza vem de dois empates, nos quais não tem apresentando bom futebol, o que tem deixado a torcida impaciente e irrequieta e num estado de ânimo e de espírito exaltados, compreensível, tendo em vista que o clube vem de um trauma e de um estigma de permanência na Série C de oito anos.
Não há como cobrar fidelidade e pedir resignação e comedimento à uma Nação que se acostumou e se habitou a ver o Tricolor, com bravura e altivez brigando com os grandes clubes do futebol brasileiro e num mesmo pé de igualdade e agora briga com pequenos e correndo riscos.
Sob esse prisma entendemos o torcedor, até porque também somos torcedores e sofremos as mesmas desditas, padecemos do mesmos males e exultamos com as mesmas alegrias. Ocorre que a instabilidade emocional da torcida tem a sua razão de ser, isto porque o time vem caindo de produção no momento em que todos esperavam que estivesse numa trajetória e numa caminhada ascendente.
Essa etapa e essa melhorai que a torcida cobra tem que ser alcançada e atingida urgentemente, isto porque o Fortaleza perdeu um pouco das sobras ou das gorduras nesta rodada, com relação ao quarto colocado, visto que até à rodada anterior tinha 22 pontos e se encontrava a 4 do Remo que somava 18. Agora o Fortaleza caiu para a terceira posição, com 23 pontos e está apenas a 3 do Salgueiro, que tem 20.
O Fortaleza corre, inclusive, o rico de sair do G-4, nesta rodada, bastando para tanto perder para o Sampaio, fora de casa, resultado passível de vir a ocorrer num clássico, principalmente em se considerando que vem caindo de produção e o Salgueiro vença o Cuiabá fora de casa, quando então chegaria aos mesmos 23 pontos do Fortaleza e o superaria no número de vitórias, 7 contra 6.
Vemos desse modo e não queremos fazer alarde ou tocar as trombetas do Apocalipse, que o Fortaleza terá fora de casa um jogo de risco em que, de modo algum, poderá pensar em perder, pois em isto acontecendo comprometerá seriamente o seu projeto de classificação, sem falar que fará a festa da imprensa marrom e de modo mui particular dos foguistas da “Maria Fumaça”. Nesse embate até um empate resolve, pois somaria 24 pontos e não poderia ser alcançado pelo Salgueiro, que tem 20.
Nunca tivemos que torcer tanto por outros resultados, pois para nós o confronto entre Cuiabá e Salgueiro se tornou vital e crucial e temos que torcer fervorosamente por uma vitória do time cuiabano, ou pelo menos por um empate, propenso de ocorrer, em se levando em conta que o Cuiabá se configura como o “Rei dos Empates”, haja vista que que somou 10 em 14 rodadas.
O Remo em quinto, por enquanto não infunde medo, tendo em vista que o Fortaleza, similarmente ao que ocorria com o Salgueiro, que se situava na quinta posição na rodada anterior, mantém sobre ele os mesmos 5 pontos de vantagem, e, na eventualidade de vir a perder, ainda manterá 2, pois mesmo que o Remo vença o Botafogo, só chegará a 21 pontos. Em quaisquer das hipóteses o Fortaleza tem a quarta colocação assegurada.
Estamos no returno e as demandas são outras, mormente porque, conforme acentuamos anteriormente, alguns clubes estagnaram, uns evoluíram e outros decaíram. Comparando a evolução do returno no grupo A temos que, o Salgueiro, que foi a equipe que mais progrediu nos dois grupos, somou 12 pontos em 5 rodadas, chegando à quarta posição e se continuar evoluindo, a possibilidade e de que poderá superar o Fortaleza e assumir já nesta rodada, a terceira posição.
Para complicar e aumentar um pouco mais os nossos temores, consoante os matemáticos, o Salgueiro, mesmo jogando fora de casa, pelo que produziu nas últimas cinco rodadas, é o franco favorito para triunfar no embate com o time arapiraquense, donde se conclui que esse favoritismo salgueirense impõe, mais ainda, ao Fortaleza, a responsabilidade de sair vitorioso na sua peleja contra o Sampaio.
Que os deuses do futebol se apiedem do Tricolor que, a bem da verdade, até o momento, ainda não conseguiu infundir confiança no seio da sua torcida que, a qual, pela bravura e persistência, em um considerável contingente, ainda mantém as esperanças da vinda de dias melhores.
O Bonamigo, que começa a ser questionado, tem que se conscientizar que tem que fazer o time jogar e para tanto, se necessário for, há que ousar e processar as alterações que se fazem mister, especialmente no meio de campo, setor vulnerável e inconstante da equipe, que precisa passar a atuar com mais efetividade e produtividade.
O Pablo, por exemplo, no meu ponto de vista, embora não seja eu o dono da verdade, vem tendo atuações irregulares e sofríveis, mas em momento algum foi substituído, até para que o time enveredasse por modelo tático diferente.
O Bonamigo em nenhum desses jogos tem experimentado atuar com dois meias, isto porque não podemos reputar o Everton como meia de ofício, já que não desempenha esse papel de criar e municiar o ataque. Ademais, lhe falta destreza e rapidez de raciocínio, pois quando pega na bola passa minutos preciosos para decidir o que vai fazer com a mesma.
Avalio que esteja na hora do treinador procurar dentro do elenco outras alternâncias táticas, nem que para tanto tenha que mudar algumas peças, pelo menos uma. Eu começaria a pensar em deixar o Everton fora de uma partida e escalaria um meio de campo que, em tese, se movimentasse mais e que fosse mais produtivo e eficiente.
Começaria com Wellington Reis, Pablo, Adenilson e Rony ou Vinícius Pacheco. A alternativa ainda mais de vanguarda seria Wellington Reis, Adenilson como segundo volante, Vinícius Pacheco e Rony. Não estamos querendo escalar o time, mas apenas conjeturando sobre as opções à disposição do Bonamigo.
Por hoje c’est fini.
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