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HÁ MOMENTOS EM QUE TEMOS QUE BUSCAR OS DESVIOS



Fortaleza 1 x 1 Remo, um jogo dos mais importantes em que o Tricolor, a exemplo do que vem ocorrendo nas últimas quatro rodadas, não conseguiu fazer a sua parte. Em quaisquer outras circunstâncias a situação de uma equipe que se encontrasse num declínio semelhante seria insustentável. O que o Fortaleza vem sendo auxiliado e ajudado pela sorte.


Acontece que o Leão do PICI, como se ungido pelos deuses do futebol, teve o seus tropeços amenizados, pelos fracassos da maioria das equipes, que até à décima rodada brigavam pelo G-4, vez que agora entrou outra equipe no cenário o Cuiabá, totalizando seis clubes que lutam por quatro vagas, numa pugna que transformará cada rodada, daqui para à frente, numa decisão.


O Fortaleza foi beneficiado pelo tropeço do Botafogo, nas três últimas rodadas; por dois empates e uma rodada do Remo e por um empate e uma derrota do Sampaio, que concorreram para que esses clubes não avançassem na tabela. Por mais paradoxal que possa parecer, mesmo diante do empate dentro de casa com o Remo, em razão da derrota do Sampaio para o Moto, o Fortaleza avançou uma posição, sobrepujando o próprio Samapio.


Por outro lado, o CSA, que poderia ter disparado e somado 23 pontos, cedeu dois empates, um dentro de casa e parou nos dezenove pontos. Todos esses resultados contribuíram para que o Fortaleza, mesmo sofrendo duas derrotas em quatro jogos e conquistando apenas dois empates, isso dentro de casa, ainda se desse ao luxo de terminar a décima rodada na segunda posição. Isso se chama jogar com a sorte.


A pergunta que não quer calar é simples: Até quando vamos deixar de fazer a nossa parte e, como se fôramos parasitas, iremos viver e nos beneficiar dos tropeços dos outros?


Como dizem os jargões, “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar” e, além do mais, a frase célebre do Muricy Ramalho nos ensina prodigamente que “a bola pune”. Se continuarmos praticando esse futebol sem qualquer objetividade, fatalmente, muito em breve, seremos chamados a pagar a conta advinda da nossa própria incompetência.


Por enquanto estamos pagando a conta com o capital alheio, porém se os outros não tivessem tropeçado, estaríamos, após essas quatro rodadas, em que tivemos o pior desempenho dos seis clubes que brigam pelo G-4, lutando desesperadamente para fugir do rebaixamento. Abrir os olhes e se prevenir, não faz mal.


Não é que tenhamos o costume de, seguindo a tendência da maioria, arrasar e pisotear o Fortaleza após os insucessos. Nada disso. Estamos soltando o nosso grito de alerta, por entendermos que, se continuarmos perdendo, na próxima rodada, praticamente estaremos fora do G-4 e nas posteriores não podemos prever e nem antever a nossa sorte.


O certo é que não temos mais gorduras para queimar, pois já perdemos os quatro pontos de vantagem que tínhamos em relação ao quinto, colocado, visto que agora já são apenas dois com referência ao quinto e ao sexto posicionados e já estamos queimando a nossa própria reserva.


Relativamente ao jogo de ontem, o que posso dizer é que o Fortaleza, similarmente ao que vem acontecendo nos últimos jogos, apresentou um domínio aparente, que não se manifestou e nem se traduziu em gols, por absoluta falta de objetividade e de capacidade de articulação e conclusão das jogadas, apresentando os mesmos erros de sempre.

Os erros ficaram latentes antes do gol remista, pois fruto de mal posicionamento da nossa zaga, o Remo fez duas estocadas perigosas. Uma o Boeck salvou e a outra chocou-se com a nossa trave e quase era gol, donde se conclui que o perigo andava rondando a nossa meta. Ressalte-se que essas jogadas do remo foram construídas no costado da nossa defesa.


No gol, além da falha coletiva da defesa, que ficou olhando os atacantes do Remo tabelarem no meio da área a bel prazer e a ficarem na cara do gol, o contra-ataque se originou de uma falha individual do Ligger, que deu um passe para o meio, nos pés de um dos meio-campistas do Remo, que imprimiu velocidade e serviu o ataque que foi eficientíssimo.


Vou resumir, por que se tivesse tempo falaria o tempo inteiro sobre o assunto, para dizer que o nosso sistema defensivo, em todas essas rodadas vem contribuindo para as nossa derrotas e empates. O Bonamigo ou acerta esse problema ou vai ser uma de suas sua vítimas.


No meio de campo fica cada vez mais claro que o treinador tricolor precisa encontrar alguém que faça o time jogar, que om certeza não é o Pablo, nem o Adenilson e nem o Everton. Por ouro lado os laterais precisam avançar mais e para isso precisam de proteção.


O Bonamigo precisa alterar o time taticamente, pois está provado que esse modelo com três volantes não vem obtendo os resultados esperados. Está na hora de atuar com dois volantes marcadores e om dois meias de articulação. Gostaria de dizer, frase que não é minha, que só a própria mudança é imutável. Em determinados momentos se o caminho está muito cheio de obstáculos há que se buscar os desviois.


Por hoje c’est fini.



 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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