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O PRESIDENTE VARGAS, ENFIM LIBERADO NA SUA CAPACIDADE TOTAL?



O Estádio Presidente Vargas, após inspeção conjunta de ontem, realizada pelo Promotor de Justiça Edvando Elias de França, do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor) do MP-CE, além de representantes do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura de Fortaleza será liberado com a sua capacidade máxima para 20.160 torcedores.


Nesse episódio de interdição do estádio e da liberação parcial, alguns pontos me chamaram a atenção, suscitando perguntas que não querem calar: Por que houve o descaso da Prefeitura em adotar com celeridade as providências necessárias para que o estádio fosse liberado, que concorreu para que o mesmo ficasse interditada e inapropriado para a realização de jogos com a presença de público por mais de um ano?


A esse respeito as especulações são muitas, uma delas, por exemplo, sustenta que teria havido um acordo entre o Governo do Estado e a Prefeitura, para que o Presidente Vargas permanecesse fechado, com o fito de evitar que o Castelão se transformasse num elefante branco. Esse rumor, mesmo que não seja verdadeiro, se configura como um dos mais fortes, quiçá pertinente, e faz sentido, isto porque os titulares dos citados poderes são politicamente coligados.


Em tendo havido o acordo, o tiro saiu pela culatra, tendo em vista que o Castelão, que é uma bela e moderna praça de esportes, continua apresentando os problemas que afastam os torcedores dos estádios, como falta de transporte, atos de vandalismo e preços exorbitantes praticados pelos que comercializam produtos alimentícios nas suas dependências. Todos sabem que o futebol tem a grande quantidade de adeptos nas classes menos favorecidas, de modo que todos esses fatores concorrem para inviabilizar o Castelão.


Outro fator importante diz respeito às taxas cobradas aos clubes, pela empresa concessionária do estádio, junto ao Governo do Estado, que têm contribuído para que os nossos principais clubes, Fortaleza e Ceará, via de regra, tenham enormes prejuízos, pagando para jogar. Vamos pregar aviso: Se todos esses problemas não forem equacionados, o Castelão tenderá a ficar no ostracismo, virando um Maracanã, que um dia já foi o palco maior do futebol brasileiro.


Quanto ao Ministério Público, também cabe uma indagação: Por que há tanto rigor com relação à liberação dos estádios da capital, a exemplo do Presidente Vargas e do Alcides Santos, enquanto estádios do interior, que não reúnem a menor condição de jogo são liberados, aparentemente sem quaisquer cobranças. As leis não são as mesmas, por acaso?


Essa benevolência para com alguns estádios e o rigor para com outros, nos deixa intrigados e não é cisma. Isto posto, esperamos que para o embate de domingo entre Fortaleza e Remo o Presidente Vargas tenha todas as suas dependências liberadas, o torcedor fortalezense agradece. Outra coisa, trata-se de um equipamento público, construído com o dinheiro público, então tem que servir ao povo e mais precisamente aos amantes e adeptos do futebol.


Voltando ao Fortaleza, ao que parece o Leo Gamalho foi descartado, por não ter aceitado a proposta do clube, e não foi pelas bases financeiras, mais em razão de não se predispor a atuar na Série C. Embora não aceitando, em que pese o Fortaleza ser um grande clube, entendemos a atitude do jogador linha de pensamento do jogador, agora incluído na “turma do chinelinho” do Goiás, pois pra ele tanto faz jogar como não jogar, todo mês, invariavelmente, tem os seus R$. 120.000,00, como se diz popularmente, caindo na conta corrente, situação que justifica a “lei do menor esforço”.


Evidentemente que a torcida fica um pouco frustrada, porque esperava a contratação do jogador, ou de outro de qualidade técnica equivalente, contudo, pelo que depreendemos, dada a exiguidade do tempo, haja vista que o prazo de inscrição do BID se encerrará nesta sexta-feira, as possibilidades de uma nova contratação por parte do Fortaleza ficam reduzidas a quase nada. Esperemos, tudo é possível.


Um jogador, revelado pelo Santa Cruz, o Renatinho, em que despontou para o futebol e se notabilizou pelas boas atuações, que levaram os analistas à conjetura de que pudesse vir a ser um atleta diferenciado, de repente, contrariando a todos os prognósticos, caiu assustadoramente de produção, no próprio clube pernambucano, ao ponto de ser descartado.


A partir daí e apesar de ser relativamente jovem, procurou recuperar o seu bom futebol em outros clubes, a exemplo do Campinense, aonde foi um fiasco, assim como no Fortaleza, onde nas oportunidades que teve como titular apresentou um desempenho bisonho, constituindo-se numa grande decepção. Rescindiu o contrato no dia de hoje, destrato que era ansiosamente esperado pela torcida, não deixando saudades no Pici. Que Deus o acompanhe e que seja feliz por onde passar, pois, por maiores que sejam os fracassos há sempre tempo para se reerguer.


Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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