FORTALEZA: "NOS CAMINHOS DA VOLTA NINGUÉM SE PERDE"
- ADVÍNCULA NOBRE
- 13 de jun. de 2017
- 3 min de leitura

A quinta rodada do Grupo A da Série C terminou ontem e pasmem! Todos os jogos terminaram empatados. Até aí tudo bem porque o empate se configura como uma das três alternativas de resultados possíveis de acontecer numa partida de futebol. Na rodada o Moto e o Botafogo(PB) empataram em 0 x 0. Remo e CSA, ASA e Salgueiro não saíram do 1 x 1 e Cuiabá e Fortaleza e Confiança e Sampaio Corrêa ficaram nos 2 x 2.
Tudo estaria na mais perfeita normalidade se não fosse o ineditismo da situação e desses resultados, tendo em vista que no Campeonato Brasileiro, em quaisquer divisões, jamais em tempo algum todos os jogos de uma rodada saíram empatados. Decididamente uma rodada para ficar na história.
Ressalte-se que o formato atual teve início em 2012 e que até 2011 os 20 clubes eram agrupados em 4 grupos de cinco clubes. Em assim sendo, por descargo de consciência, procuramos a partir de 2012 para verificar se em alguma rodada aconteceu algo parecido e verificamos que não houve, assim como uma rodada desse tipo é inédita nas demais divisões do Brasileirão.
Antes desse ineditismo de 5 empates ocorridos na 5ª rodada do Grupo A só havia acontecido, como fato inédito, vitórias de todos os mandantes, ocorridas em 2012, na 12ª e 17ª rodadas do Grupo A; em 2013 na 10ª rodada do Grupo A e em 2016, n 17ª rodada do B.
Ver-se que não é fácil acontecer igualdade de resultados, pois em cinco anos, ou em 90 rodadas das fases de classificação, tivemos somente 5 rodadas que tiveram a igualdade de resultados, in casu, na coluna 1 e do meio, que correspondem a 5,5% do total. Jamais aconteceu a igualdade na coluna 2, ou na de visitantes. São dados que provavelmente não influem e nem contribuem, mase que têm os seus valores enquanto estatísticas e fatos históricos, prato cheio para quem gosta do assunto.
Em reunião do Conselho, ocorrida ontem no Pici, às 18;30 horas foram aprovados por unanimidade os nomes dos componentes da nova diretoria, não eleitos pelo sufrágio direto, ficando assim constituída:
Sufrágio direto:
Presidente: Luiz Eduardo Girão
1º Vice-Presidente: Marcelo da Cunha Paz
2º Vice-Presidente: Francisco Marcello Martins Desidério.
Indicados pela Diretoria eleita:
Diretor Administrativo: Omar Alencar de Macedo
Diretor Comercial e Marketing: Raimundo Delfino Neto
Diretor Financeiro: Maurício Braga de Oliveira
Diretor Jurídico: Germano Monte Palácio
Diretor de Futebol Profissional: Marcelo Cunha da Paz
Diretores de Esportes Amadores e Olímpicos: José Ribamar Felipe Bezerra
Diretor de Planejamento: Stênio Gonçalves Silva
Diretor de Patrimônio: José Rolim Machado
Diretor Social e Relações Públicas: Marcel Pinheiro de Carvalho Silva
Diretor de Serviços Médicos: Cláudio Maurício Muniz Rodrigues
Ouvidor: Plauto Roberto de Lima Ferreira
Representante na FCF: Daniel Rangel de Paula Pessoa
Na reunião o Vice-presidente eleito, Marcello Desidério, não empossado no sábado em decorrência de exercer o cargo eletivo de presidente do Conselho Deliberativo, fez a sua opção pela Diretoria Executiva, renunciando ao cargo até então exercido, sem a penalidade da inelegibilidade, uma vez que a renúncia ocorreu por motivos superiores sendo imediatamente empossado no cargo de 2º vice-presidente.
Assumiu a presidência do Conselho Deliberativo o vice-presidente Demétrio Coelho Ribeiro, que completará o mandato até o primeiro sábado de dezembro de 2018. A esse respeito fui questionado sobre se não deveria acontecer eleição também para o Conselho Deliberativo em razão da renúncia do presidente. Com certeza não, posto que, de acordo com os preceitos estatutários só acontecem novas eleições para os conselhos do Fortaleza se acontecer a renúncia coletiva de, pelo menos três membros de quaisquer dos órgãos em questão, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Conselho de Ética.
Composta a diretoria tricolor só nos resta desejar muita sorte e sucesso para todos, nessa difícil empreitada, porém não impossível, de recolocar o Fortaleza no lugar que lhe é de direito, no cenário futebolístico nacional. Nos últimos anos o Tricolor despencou no Ranking, saindo do décimo oitavo lugar pra o quadragésimo segundo, posicionamento que retrata, ipsis litteris, a nossa história nesses oito anos de série C.
Precisamos fazer o caminho de volta e já dizia Zé Américo, o escritor de A bagaceira e Ministro da Viação e Obras Públicas no Governo Vargas que “nos caminhos da volta ninguém se perde”, de modo que o Fortaleza precisa voltar ás origens e para se reencontrar e encontrar o caminho da volta são necessários o apoio e a união de todos os tricolores.
Por hoje c’est fini.
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