MAIS UM EMPATE CABALÍSTICO: 2 x 2 E AOS 47'
- ADVÍNCULA NOBRE
- 12 de jun. de 2017
- 4 min de leitura

A quinta rodada do grupo A da Série C já está em curso, tendo sido realizados quatro jogos e todos terminaram empatados, num percentual altíssimo e praticamente inédito, de 80%. Do ponto de vista tricolor e excetuando o seu resultado, que poderia ter sido melhor, todos esses empates foram bons, isto porque o CSA, que se encontrava à frente, não desgarrou e as demais equipes não se aproximaram.
Ainda será disputado hoje, às 20;30, no Batistão o confronto entre o Confiança, sexto colocado, com 6 pontos, contra o Sampaio Corrêa, o quinto com 7. O Sampaio em vencendo chegará aos mesmos 10 pontos de Fortaleza e CSA, contudo, para superar os dois clubes terá que trinfar por uma diferença de cinco gols, que não é impossível de vir a ocorrer, mas muito difícil, principalmente se considerarmos que atuará no campo do adversário, que luta para se aproximar do G-4. Para o Tricolor o ideal era que ocorresse mais um empate.
Um dos embates mais dramáticos ocorreu ente Remo e CSA, que empataram em 1 x 1, verdadeiro castigo para o clube remista, que vencia a partida até os 47 minutos do segundo tempo, quando permitiu o gol de empate do oponente, que frustrou a sua torcida, contribuiu para a queda do treinador e lhe tirou a possibilidade de encostar no pelotão dos 10 pontos, formado por CSA e Fortaleza.
Ressalte-se que há alguns minutos antes do seu gol o CSA já havia desperdiçado a oportunidade de igualar o marcador, com o seu zagueiro que, tendo o gol à sua disposição, errou o chute e viu a bola caprichosamente ganhar a linha de fundo. Um verdadeiro pecado.
No meu ponto de vista foi um jogo muito equilibrado em que o time alagoano demonstrou muito competitividade, não se deixando intimidar pelo “fator casa” do adversário, que tem uma torcida parecidíssima com a do Fortaleza, que não deixa de incentivar o time em momento algum. Em que pese o Didira, segundo os analistas, não ter apresentado uma boa atuação, gostei do meio de campo, onde pontificaram o Boquita, ex-Corinthians, e o próprio Didira.
A outra partida reuniu o Moto e o Botafogo (PB) e, não obstante, a melhor fase do time paraibano, prevaleceu o empate. Esse resultado deixou o Botafogo (PB) na terceira colocação e sem probabilidades de alcançar, nesta rodada, o líder CSA e o vice-líder, Fortaleza. O Botafogo não pode mais ser superado pelo Remo, quarto colocado e que já interveio na rodada, mas na contraparte, poderá ser suplantado pelo Sampaio ou pelo Confiança, na eventualidade de ter um vencedor, que se enfrentam na rodada.
O outro jogo dramático ocorreu entre Cuiabá e Fortaleza, em que o Tricolor saiu na frente, permitiu a virada aos 44 minutos e aos 47, número cabalístico para nós tricolores, conseguiu o empate. Foi uma partida que poderia ter sido mais tranquilo e com menos sobressaltos para o Fortaleza, que dominou amplamente o jogo em todo o primeiro tempo, mas que não soube transformar essa supremacia em gols.
No segundo tempo, numa bela trama no meio da área o Tricolor abriu o marcador com o Hiago, mas minutos depois, num descuido da defesa, numa cobrança de corner, a bola sobrou livre para o lateral cuiabano, que chutou para empatar a partida. A inadvertência ocorreu especialmente pelo fato de que o Fortaleza tinha, pelo menos, oito jogadores dentro da área, ninguém se preocupou com o rebote, tanto é que o jogador do Cuiabá recebeu a bola livre.
A partir desse gol o Cuiabá passou a jogar melhor e aos quarenta e quatro minutos, num ataque pela esquerda, o Jefferson falhou, os jogadores encarregados da cobertura não deram a importância que deveriam dar ao lancem, marcando apenas de longe, culminando com o gol da virada do time mato-grossense, em que o atacante penetrando livre na diagonal escolheu o canto a bel prazer.
Quanto todos nós pensávamos que a partida perdida, até porque o Fortaleza não vinha demonstrando poder de reação, eis que numa falta sofrida pelo Jô e cobrada magistralmente pelo Rony a bola foi direto para o gol, entrando no ângulo e encobrindo o goleiro que, atônito, via a sua cidadela ser vasada pela segunda vez. Castigo para o Cuiabá, que já comemorava a vitória.
O Rony entrou e fez o gol, contudo, confesso que não entendi a substituição do Adenilson, que vinha fazendo uma boa partida. Cansaço ou alteração tática, tendo em vista que não foi por deficiência técnica? Cada cabeça uma sentença, de nodo que o Bonamigo deve ter enxergado algo que não vimos, até porque ele é o treinador, tem um verdadeiro aparato de assessores e, como ninguém, conhece problemas de cada jogador. Eu teria colocado o Rony, mas não tiraria o Adenilson.
Pode ser que alguém esteja frustrado com esse empate. No meu parco entendimento, enquanto resultado foi bom, até porque o Fortaleza enfrentou um adversário que precisava vencer, como única possibilidade de deixar a zona de rebaixamento.
Alegam que o time cansou no segundo tempo, o que é verdade, contudo, temos que considerar a temperatura elevada e as condições climáticas, que são iguais para os dois times, mas o Cuiabá está mais acostumado e calejado com as mesmas. Pelas circunstâncias com que o empate foi conquistado, avalio como muito bom e vou mais além: Como se diz popularmente o Fortaleza pelou um porco. Um pontinho suado que pode fazer a diferença no futuro.
Por hoje c’est fini.
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