LUIZ EDUARDO GIRÃO - DISCIPLINA, FORTALEZA E CORAGEM - AS PILASTRAS DA SUA ADMINISTRAÇÃO
- ADVÍNCULA NOBRE
- 10 de jun. de 2017
- 4 min de leitura

A eleição do Fortaleza aconteceu hoje e, em razão de ser chapa única, inexistindo, pois a disputa, foi muito pequeno o comparecimento às urnas, apenas cerca de 11% do colégio eleitoral, composto de 1.742 sócios, compareceram ao Pici para sufragar a chapa concorrente, capitaneada por Luiz Eduardo Granjeiro Girão e tendo como vices Marcelo Paz e Marcello Desidério. Confesso que esperava um afluxo e um contingente maior de eleitores.
Tomaram posse no ato o presidente e o primeiro vice, Marcelo Paz. O segundo vice, Marcello Desidério que, por força do estatuto terá um prazo de 72 horas para tomar posse, só poderá fazê-lo na segunda-feira, após a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, depois que optar pelo cargo da Diretoria Executiva, vez que, conforme prever a carta magna tricolor, não pode haver o acúmulo de cargos eletivos.
Alguém pode redarguir indagando: Mas o Marcelo Paz não é vice-presidente e não está exercendo cumulativamente o cargo de Diretor de Futebol? Essa é a diferença, porque a presidência do Conselho deliberativo e s vice-presidência são dois cargos conquistados pelo sufrágio direito, enquanto o Marcelo foi eleito diretamente para a vice, mas a diretoria de futebol é cargo de confiança havendo, portanto a acumulação legal, sem ferir o preceito estatutário.
No seu discurso de posse o presidente Luiz Eduardo Girão conclamou a todos a se unirem em torno do projeto do Fortaleza, cada um dentro das suas possibilidades, e citou como exemplo a existência de um plano de sócio, relativamente barato, de custo mensal de tão somente R$. 39,99 que concede ao adquirente todos os direitos dos demais planos, como descontos nos estabelecimentos conveniados e entrada franca nos estádios, em jogos em que o Tricolor for o mandante.
Pediu ainda para modificarmos o tom da conversa nas Redes Sociais, mudando de comportamento, postando coisas boas, isto porque o Mundo é formado de energia e o Fortaleza necessita por demais de “energias positivas”. Citou ainda como exemplo o fato de que onze ex-presidentes se fizeram presentes, numa demonstração cabal de união em torno do projeto tricolor. Esqueceu de citar, mas compareceram ao evento os presidentes dos Conselhos Tricolores, Francisco Thomaz, Advíncula Nobre e Demétrius Coelho.
Encerrou o discurso apresentando o seu staff diretivo, que também será empossado na segunda-feira, a quem teceu os maiores elogios e fez as maiores referências, fazendo questão de afirmar que a sua diretoria aliará juventude e experiência e terá respaldo e balizamento na competência. Por fim, citou algumas estrofes da música “Há Tempos”, do Renato Russo: “Disciplina é liberdade, compaixão é FORTALEZA, ter bondade é ter coragem”, para dizer que disciplina, fortaleza e coragem serão as pilastras e as vigas mestras da sua administração.
Estamos sobre a ditadura da televisão, o que não é novidade, tendo em vista que essa ligação e essa tutela televisiva sobre o futebol acontece no mundo inteiro, infelizmente ainda não nos acostumamos com essa situação de modo que em termos de plateia no futebol essa junção, ou essa parceria tem sido excludente, ou o torcedor vai ao estádio, ou assiste na telinha, escolha que de certa forma tem prejudicado aos clubes que veem o torcedor se afastar das arquibancadas.
Não era para ser assim e basta olharmos a Europa, em que o torcedor das arquibancadas e o da televisão convivem normalmente, donde se conclui que não é apenas a televisão que afasta o torcedor dos estádios. No nosso caso são vários os fatores, a começar pelo poder aquisitivo do nosso torcedor, que por vezes fazem sacrifícios pessoais para acompanhar mais de perto o time do coração.
Temos ainda outros fatores, como a violência, um dos principais, os preços elevados de ingressos; os preços majorados, diríamos astronômicos, de alimentos e bebidas; a falta de transportes e assim por diante. Dizer simplesmente que a televisão é a única que afasta o torcedor dos estádios é procurar o bode expiatório que se encontra mais à mão ou a justificativa mais simplória.
A televisão tem sido, no cenário atual, de fundamental importância para a sobrevivência dos clubes, especialmente da Série C, razão por que, de certa forma dita as normas com relação às datas e horários dos jogos, alguns dos quais estapafúrdios. Nada de mais quando falamos de “capital”, ou do vil metal, que infelizmente norteia as relações humanas, justificando a máxima: “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. No mundo atual manda quem tem a chave do cofre.
Fizemos todo esse preâmbulo, não com o intuito de produzirmos uma peça ou um tratado sobre as relações da televisão com o futebol, mas para patentear que a mesma, obviamente procura direcionar os horários dos jogos, principalmente aqueles que tem mais apelo de torcida, caso do Fortaleza para os horários em que, comprovadamente, terá mais audiência,, de forma que de vez em quando presenciamos e nos deparamos com a manipulação de horários, a exemplo do que acontecerá no jogo entre Fortaleza e Sampaio Corrêa.
A citada partida, prevista para o dia 18 às 19 horas sofreu uma pequena alteração no horário, sendo antecipada para às 18, modificação muito boa para o Fortaleza, que deverá contar com mais público e para a sua torcida, que poderá assistir ao jogo e chegar mais cedo em casa, ganhando mais tempo para se recuperar para a semana de trabalho que se inicia na segunda-feira. Lembramos apenas que o horário ideal seria às 16 horas.
Por hoje c’est fini.
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