BONAMIGO COMEÇA A TER O TIME NA MÃO
- ADVÍNCULA NOBRE
- 1 de jun. de 2017
- 3 min de leitura

Após o evento da chegada do Bonamigo o Fortaleza vem crescendo a passos largos, sendo visível a olho nu a sua evolução tática e técnica, contudo, o progresso que reputamos como mais importante diz respeito à evolução do elenco que, nos passa a impressão de ter recebido um dose extra de confiança, tamanha a sua luta e a sua entrega dentro de campo.
Não sei de onde veio tanta motivação, o certo é que os jogadores à cada partida estão se matando em campo e, ao que tudo indica, pelo senso de conjunto que vem apresentando, a luta não é apenas de alguns jogadores, mas de todo o plantel.
Contra o Salgueiro, nos momentos de maiores dificuldades presenciamos uma equipe solidária e comprometida com os objetivos propostos, em que todos os jogadores se desdobraram e deram o máximo de si. A sensação e a idéia que temos é a de que está havendo entre eles um pacto de mosqueteiros: Um por todos e todos por um.
Quando defendemos a premissa de que o Bonamigo está sabendo motivar a equipe e tirando o máximo de cada jogador, citamos dois exemplos para embasar a nossa tese: O Ligger e o William Schuster. Ambos representam a evolução técnica do elenco.
O primeiro andou falhando e perdendo a confiança da torcida, mas nessas partidas em que vem atuando como titular tem mostrado mais segurança, não vem comprometendo e tem feito boas apresentações, numa prova de que está num processo de recuperação e de restauração da confiança e si próprio, que parecia perdida. Nessa mesmas circunstâncias lembramos, no ano passado, o Edimar, que no inicio esteve claudicante para depois se firmar como titular absoluto.
O segundo, o William Schuster teve algumas chances como titular, mas não mostrou predicados que o credenciasse à titularidade, passando a fazer parte da lista da torcida, como descartável. Tem entrado em todas as partidas e, com um novo posicionamento tático, praticamente como um terceiro volante que joga mais adiantado e mais próximo do gol, posição em que tem se sobressaído.
Não vamos dizer, de repente e sem mais nem menos, que o Schuster já é um jogador imprescindível, entretanto, já começa a demarcar o seu espaço. Lembramos, por oportuno, o Juliano, que ao chegar ao Tricolor teve dificuldades para se firmar e depois entrou na equipe para não mais sair sendo, atualmente, um nome desejado e constantemente lembrado pela torcida.
Todos no Fortaleza sabem, especialmente o Marcelo Paz, da minha admiração pelo trabalho do Bonamigo, não apenas por essas três partidas, mas, e sobretudo, pelo conjunto da obra e de modo especial pelo que produziu em 2007, peça sua avidez pelo trabalho e pelo seu comprometimento com os objetivos do clube.
O Bonamigo, a quem não conheço pessoalmente, o que me confere mais autoridade para falar, é um treinador muito laborioso, que faz o grupo trabalhar de forma incessante e que tem sensibilidade e discernimento para descobrir as virtudes, por vezes desconhecidas, dos seus jogadores. Um exemplo é o Mancha que, enquanto zagueiro, vem dando conta do recado.
Evidentemente que “todos os princípios são flores” e, além do mais o Bonamigo ainda está numa espécie de “lua de mel” com o Fortaleza, contudo, estou entre aqueles que acreditam na sua capacidade e inteligência e que defendem a premissa que o nosso treinador, com um elenco um pouco mais qualificado, irá para as cabeças, ou em outras palavras para a reta de chegada, cruzando com o pescoço à frente.
Após três rodadas fizemos um balanço do Grupo A, uma espécie de diagnóstico em que temos os seguintes destaques:
Clubes com mais vitórias: CSA – Fortaleza, Sampaio Corrêa e Confiança: 2 vitórias. Clubes com menos vitórias: Cuiabá, ainda não ganhou de ninguém. Clubes com mais empates: Cuiabá- 2. Clubes com mais derrotas: Moto – Salgueiro e ASA: 2. Melhores ataques: CSA – 5 gols. Piores ataques: ASA, apenas 1 gol. Melhores defesas: Botafogo (PB), apenas um 1 gol sofrido. Piores Defesas: Confiança: 6 gols sofrido.
O artilheiro do Grupo A é o jogador Tito, do CSA, que como vimos tem o ataque mais positivo. Marcou 3 gols, dividindo a artilharia com o jogador Max, do Tombense, do Grupo B, que também balançou as redes em três oportunidades.
O Fortaleza, que tem apenas o quinto melhor ataque do grupo, com 3 gols assinalados, tem a sua artilharia bastante diversificada e dividida, haja vista que Everton, Hiago e Pablo, cada um marcou um gol. A tendência natural é que agora, com o time mais entrosado e com o meio de campo mais produtivo, a capacidade ofensiva do Tricolor venha a melhorar.
Quem tem chutado muito e forte, principalmente de média distancia, é o Adenilson, cujas estocadas sempre levam muito perigo para a meta adversária. Marcar o primeiro gol e de fora da área com a camisa tricolor, na nossa avaliação, será apenas uma questão de tempo. Ficamos na torcida para que obtenha êxito contra a equipe do ASA.
Por hoje c’est fini.
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