BONAMIGO: POUCO TEMPO PARA CORRIGIR OS ERROS
- ADVÍNCULA NOBRE
- 17 de mai. de 2017
- 3 min de leitura

sto posto queremos nos reportar a partida para dizer que o Fortaleza mostrou progressos, especialmente pela rapidez na saída de bola, entretanto, no aspecto de posse de bola, como se fora um filem que ficava passando na nossa retina, o que presenciamos foi uma equipe semelhante àquela que jogou contra o Ferroviário, que foi superior ao adversário nas três partidas, mas que, se jogasse durante quinhentos minutos, jamais faria um gol no oponente.
A semelhança infausta e triste em tudo isso é que três derrotas tricolores, no ano em curso, sem falarmos em erros menores, ocorreram em decorrência de falhas horríveis, imperdoáveis e inaceitáveis da defesa. Contra o Tiradentes o desacerto foi do Ligger; contra o Ferrim foi do Max Oliveira e contra o Remo a falha gritante foi do Heitor, donde se conclui que a nossa defesa vem sendo a responsável por quase todos, ou pela grande maioria dos nossos insucessos.
No meio de campo, infelizmente atuamos mais uma vez com três volantes, o mesmo sistema tático que vem sendo empregado pelo Fortaleza, desde o ano passado e que não nos tem levado a lugar nenhum. Utilizando-se desse modelo não subimos para a Série B em 2016 e fomos eliminados nas três competições que disputamos no ano em curso.
Não podemos esperar que com três volantes, que não têm aptidão para o toque de bola eficiente, para o lançamento eficaz e para a organização das jogadas ofensivas que o Fortaleza apresente um futebol mais criativo e mais produtivo. Esses volantes, até pelas próprias características individuais, quando muito, são competentes nos desarmes, mas nem sempre no fundamento de servir os companheiros e a grande profusão de passes errados ratificam a nossa tese.
No setor de criação tivemos o Adenilson, que para a nossa alegria, não sentiu o peso da camisa, constituindo-se no melhor jogador tricolor. Não sabemos as razões da sua substituição pelo Cássio Ortega que, mais uma vez, não disse a que veio, transformando-se numa peça completamente improdutiva. Acredito que, por essa partida, ficou patente que não reúne condições de ser titular no Tricolor.
O ataque, não me recordo ter chutado bolas que levassem perigo iminente ao adversário. As nossas poucas tentativas. Fruto de jogadas isoladas, aconteceram de média distância, em duas oportunidades, com o Adenilson; uma com o Bruno Melo, que teve chances reais de marcar e outra com o Hiago, que recebeu livre, mas cabeceou fraco e no meio do gol, ensejando que o goleiro praticasse uma defesa sem muitas dificuldades.
O Hiago, embora seja temerário analisá-lo apenas por uma partida, mesmo caso do Adenilson, mostrou uma certa habilidade e espírito de luta e me parece que reúne boa capacidade técnica que o credenciam a lutar pela titularidade no tricolor. Embora não seja um atacante de área, demonstrou muita intimidade com o gol, possivelmente com mais ritmo de jogo e entrosamento possa render mais.
O ataque foi ineficiente, especialmente pelo fato de não contar com atacantes de ofício. O Leandro Lima foi uma figura apagada e o Everton, que deveria atuar mais à frente, ficou confinado numa pequena faixa de campo e sem possibilidade de render o esperado.
Trata-se de um jogador que tem que encontrar o seu quadrado. Provavelmente se jogasse mais perto da área e fosse mais à linha de fundo, poderia ser mais eficiente e produtivo. Infelizmente não tem atributos de liderança que lhe permitam tomar para si a responsabilidade de fazer o Fortaleza jogar. Tecnicamente foi muito tímido.
Gostaria de destacar as boas apresentações do Boeck, do Felipe e do Adenilson. Ligger, Bruno Melo, Uchoa, Rodrigo Mancha e Pablo ficaram no limbo, nem tanto ao céu e nem tanto ao inferno. Fiquei com a sensação de que poderiam ter rendido mais, especialmente o Pablo, que tinha a função tática de dialogar com o Adenilson e com o Felipe, papel que não foi cumprido.
Por fim os pontos negativos da que equipe, ressalvando que não queremos crucificar ou execrar a ninguém, limitamo-nos a analisar pelo que vimos e não ficamos satisfeito com o que vimos. O Heitor cometeu a falha burlesca que redundou no gol e ainda teve outra dentro da área que por muito pouco não redundou no segundo gol, foi salvo pelo Felipe, que mandou a bola para corner.
O Leandro Lima, ratificando o nosso ponto de vista, que coincide com o da torcida, sempre que tem entrado, isso desde o ano passado, tem sido um mero figurante, praticamente um jogador a menos. Desejamos queimar a língua com relação a esses dois jogadores, entretanto avalio essa hipótese como quase improvável pelo próprio desempenho desses atletas.
Enfim, o Bonamigo terá até sexta-feira para corrigir esses erros e para melhorar o desempenho defensivo e a eficácia ofensiva do time que, forçosamente, terá que apresentar uma performance convincente contra o Botafogo. Resta-nos apenas torcer e Apoiá-lo.
Por hoje c’est fini.
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