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FORTALEZA: HORA DE REFLEXÃO E REFORMULAÇÃO



Evidentemente que não tem nenhum torcedor do Fortaleza alegre, excetuando-se os que se dizem tricolores e que torcem contra, por ideologia barata ou por questiúnculas políticas, que fazem apologia ao caos, porque quem ama o Fortaleza quer e torce pelo seu sucesso. Amanheci o dia com amargura na alma e com uma tristeza imensa no coração, isto porque todos sabem que sempre fui dos mais otimistas e sempre acreditei que o time poderia se superar, dar a volta por cima e conquistar a classificação, que infelizmente não aconteceu.


Torço pelo Fortaleza, desde 1959 e já lá se vão 58 anos de muitas alegrias e algumas tristezas, durante os quais o Fortaleza atravessou momentos de dificuldades extremas, que soube transpor, chegando até os nossos dias. Nos idos de quarenta, por exemplo, por querelas políticas, as mesmas que nos atrapalham atualmente, aconteceu uma reunião em que pretendiam extinguir o clube, mas prevaleceu o bom senso e o Fortaleza venceu essa difícil batalha e se transformou nessa agremiação gigante e forte dos nossos tempos.


Nesse anos todos em que torço pelo Tricolor, não me lembro de uma fase, pode até existir, mas desconheço, em que o time dentro de campo, sequencialmente, tenha sido desclassificado em três competições, todas de vital importância. Isto posto não vou chutar o pau do balde, porque não sou como os corvos, ou os urubus, que começam a rodear o boi, a partir do momento em que este já começa a ficar debilitado. Não faço parte desse time.


Continuarei criticando, quando necessário, como farei agora, porém dentro do respeito a aqueles que estão à frente do clube que, no meu ponto de vista têm que parar para fazer uma reflexão e para acertar e consertar os erros de avaliação cometidos. Na partida de ontem, por exemplo, o Fortaleza, diante de um Ferroviário recuado, jogando com o regulamento e querendo confusão, em uma partida arbitrada por um incompetente e possivelmente pusilânime, ficou dependente de alguns jogadores que não reúnem a menor condição de serem titulares do time.


Falamos do meio de campo, que durante todo esse ano tem sido o nosso calcanhar de Aquiles, pois sendo desclassificado em três competições, fica provado que o time não pode depender, como vem fazendo, de jogadores tipo Rodrigo Andrade, Leandro Lima e Wesley, para articular as jogados e leva-lo à vitória. São muito esforçados, mas muito aquém das exigências de um clube, com o tamanho, a história, a tradição e a camisa do Fortaleza.


Não estou falando isso, magoado porque o clube foi desclassificado, em absoluto, pois os que me acompanham sabem que defendo esse princípio há muito tempo. E qual seria a solução? Embora demande dinheiro só tem um caminho a ser seguido: Mandar embora os cerca de cinco meias que não corresponderam, uns por falta de qualidades técnicas e outras por problemas clínicos e contratar dois de qualidade, garanto que o dispêndio financeiro é o mesmo.


O outro problema, que vimos abordando há algum tempo diz respeito à defesa, que não tem jogadores de qualidades. O Max, no meu ponto de vista, continua sendo uma promessa, e agora com o agravante que está aquém das condições físicas ideais. O Heitor, o nosso melhor zagueiro, pode ser útil para compor elenco, mas não para ser titular e assim por diante. O problema é que não vislumbro uma fonte de renda que permita ao Tricolor resolver os seus problemas.


Os Mecenas só existem na boca daqueles que vendem a honra e a consciência por trinta moedas de prata, de modo que não acredito na existências de grupos que venham para salvar a pátria, que “estejam dispostos a ajudarem o Fortaleza”. Muitos torcem pela queda tricolor para poderem se apropriar do espólio. Por outro lado o Fortaleza é um time grande, que tem uma verdadeira Nação lhe dando suporte, não sendo, pois, barriga de aluguel para quem quer que seja.


Na eventualidade da Diretoria, eleita democraticamente, e falamos do presidente e dos dois vices, resolvessem renunciar, o clube passaria a ser dirigido pelo presidente do Conselho Deliberativo que, de acordo com o Estatuto em vigor, convocaria eleições diretas. Não existe, portanto, esse negócio de qualquer um assumir o Fortaleza, como se o nosso amado clube fosse a Casa de Noca.


Não queremos uma situação dessas para o Fortaleza, posto que no momento, conforme dissemos, há que ser feita uma reformulação no elenco, mas sem cair na asneira de mandar todo o time embora, pois os que pregam isso são os mesmos que não queriam que ficasse pedra sobre pedra no Pici, que chamava o elenco do ano passado de pé frio e de canelas finas. Um erro desse tipo só se comete um, cometer dois é dar sopa para o azar.


Enfim, o momento requer e recomenda serenidade. Nenhum tricolor de verdade quer ver o “caos” se instalar no Fortaleza, de modo que o staff diretivo tem que retomar a caminhada, do ponto que parou, trazendo, por conseguinte, jogadores que venham para qualificar, desejo maior da nossa torcida que, nesse ponto, está assoberbada de razão. Não é hora para apostas e nem para trazer jogadores de produtividade duvidosa, daqui para a frente não pode mais haver erros, tem que ser uma minhoca para cada enxadada.


Por hoje c’est fini.





 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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