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O GOLPE FOI DURO, MAS AINDA NAO ENROLEI A BANDEIRA


Anderson Uchôa - Primeiro gol pelo Fortaleza


Respeito todos os adversários do Fortaleza e de modo mui especial o Ferroviário, contudo, gostaria de afirmar sem medo de errar que, em condições normais, se o Fortaleza jogasse dez partidas contra o seu atual oponente, venceria onze. E porque defendo esta premissa? Pelo simples fato de que não foi o Ferroviário que dificultou as coisas no jogo de hoje para o Fortaleza, e sim o Fortaleza que facilitou a vida do seu adversário.


Fez um a zero e até diria que num gol fortuito, vez foi fruto de um chute de fora da área, mérito para o Anderson Uchoa, mas só no primeiro tempo, e com o mesmo jogador, o Rodrigo Andrade, perdeu três oportunidades claras para ampliar o marcadoe, entretanto em todos esses lances faltou massa encefálica e até o senso de coletivismo no citado jogador, que bastaria ter tocado a bola de lado, para que fizesse jus ao reconhecimento dos companheiros e passasse a contar com a admiração da Nação Tricolor.


Em todas as bolas nem chutou em gol e nem passou para os companheiros melhor colocados, a exemplo do Zé Carlos, que se recebesse em boas condições, inapelavelmente faria os gols e correria para o abraço. Na terceira bola, recebida em condições excepcionais o Rodrigo Andrade prendeu por demais a bola, dando tempo a que a defesa do Ferroviário se recompusesse.


No segundo tempo, o Felipe cruzou uma bola da direita, que não foi alcançada pelo Zé Carlos, sobrando para o para o Gabriel Pereira, que se jogou sobre ela, perdendo mais uma grande chance de expandir o marcador. Diante de tantos gols perdidos, me vem à mente a frase famosa do Muricy Ramalho que em situação semelhante vivenciada no São Paulo falou que “a bola pune”. Cabe então indagar, e por que a bola nos puniu?


Em primeiro lugar há que se dizer que o Fortaleza fez um a zero e se portou como alguém que está goleando, tendo em vista que abdicou do ataque, colocando todo o time atrás da linha da bola e isolando o Zé Carlos, sozinho no ataque e ensejando a oportunidade para que a defesa do Ferroviário, sem ter a quem marcar, três contra um, reinasse absoluta.


Fui um dos que aplaudiu a entrada do Gabriel Pereira, na vaga do Wesley, muito lento e individualista, por raciocinar que entraria na esquerda para fazer as jogadas de contra-ataques, em velocidade, pegando a defesa do Ferroviário de calças curtas. Qual nada! Foi apenas mais um marcador, para deixar bem patente o erro estratégico do Marquinhos, que recuou excessivamente o time, confirmando a nossa tese de que não foi o Ferroviário que empatou o jogo, mas o Fortaleza que deu margem para que o empate viesse a ocorrer.


Somos otimistas, conforme nos dizia na vinda do estádio, o Valdo, um sócio tricolor, que mora na Rua José do Patrocínio, no Montese, ou seja no meu bairro e que muito me honra como leitor dessas mal traçadas linhas, de modo que ainda acredito no Fortaleza, mas que temos que nos curvar à ideia de que o time, infelizmente não consegue passar confiança para a torcida, donde se depreende que teremos dez dias muito difíceis e complicados, em que ficaremos expostos a um fogo cruzado, tanto do fogo amigo, quanto fogo do inimigo.


Analisando um pouco o jogo, temos que o Fortaleza foi muito superior ao Ferroviário, que mercê do futebol praticado hoje, não ganharia nem do Itapipoca. O Fortaleza é que deixou de ir para cima de forma mais incisiva, valorizando muito um adversário que, a bem da verdade, excetuando uma cobrança de falta em que o Boeck fez uma grande defesa, espalmando para corner, não criou nenhuma jogada que colocasse o nosso goleiro em dificuldades.


Infelizmente o nosso pecado continua o mesmo e para o qual me parece não há solução aparente a curto prazo, vez que nos falta um meia que coloque a bola no chão e dê mais personalidade ao meio campo. Vimos no jogo de hoje que, por falta desse jogador, constantemente as bolas que já estavam no nosso ataque, eram recuadas para a zaga e daí para o goleiro. Quando isso acontece o time anda para trás e o adversário pula uma fogueira, porque se safa de ser agredido.


Não há centroavante que consiga marcar gols se não tem jogadores competentes para fazer a bola lhe chegar redonda. Por outro lado a nossa defesa continua claudicante. Na primeira partida perdeu todos os lances em velocidade e nessa, quando tudo parecia bem, o Max falha de forma grotesca. Preocupante.


Não entrego ainda os pontos. Sei que tudo ficou mais difícil, porque temos que vencer a próxima para levar a decisão para os pênaltis. Impossível? Não, até porque o nosso adversário é um time comum. O que temos que fazer é jogar com mais objetividade e matar o jogo, evidentemente que consertando os pontos de estrangulamento. Fomos penalizados hoje, porque perdemos muitos gols e não procuramos de forma efetiva fazer o resultado.


Tenho visto, desde 1959, quando comecei a frequentar os estádios, inicialmente na “Hora do Pobre”, porque sou de uma família pobre e só passei a ter condições de pagar entrada quando comecei a trabalhar, o Fortaleza fazer coisas maiores do que as suas forças, são muitos exemplos, mas o título de 2.000, conquistado em cima do nosso rival que, à época era detentor de um grande poderio econômico, é um dos maiores.


Por essa e por outras razões ainda não perdi as esperanças, ainda acredito no nosso potencial, entretanto, rezar não faz mal, porque faz bem à alma e ao coração, pois está escrito que se tivermos fé faremos coisas grandiosas e é dessa fé inquebrantável que o nosso time precisa. Na quarta-feira, dia 19, se assim Deus me permitir, estarei no Castelão contribuindo e incentivando o nosso time, até porque quem morre de véspera é peru. O Fortaleza costuma fazer das fraquezas forças e desta feita não será diferente. Acreditarei nisso até o fim.


Por hoje c’est fini.



 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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