NO JOGO CONTRA O TIRADENTES A ENTREGA DO TIME FOI O DESTAQUE
- Advínculoa Nobre
- 29 de mar. de 2017
- 4 min de leitura

Lúcio Flávio - Gol que abriu o caminho para a vitória
Nas nossas análises, e por vezes somos passíveis de cometer erros, pois não somos os donos da verdade e nem temos a pretensão de ser mais reais do que o rei, longe disso! Buscamos agir de forma criteriosa. Por essa razão vamos procurar comentar a partida com a maior parcimônia possível e de forma mais fidedigna ao que de fato ocorreu dentro das quatro linhas. Conseguindo nos aproximar do que verdadeiramente aconteceu em campo, por certo nos daremos por satisfeitos.
Em primeiro lugar temos que considerar que a vitória foi de suma importância, tendo em vista que passamos de fase e que nos mantemos firmes na luta pelo tricampeonato, objetivo maior deste primeiro semestre e que nessa busca estamos no caminho certo, pois começamos a engrenar, embora ainda tenhamos um longo caminho a percorrer em busca do entrosamento e de um padrão de jogo definitivo.
Como segundo ponto temos ainda que que ter em mente que o Tiradentes é um time bem ajustado, que valorizou, sobremaneira, a nossa vitória e que, quando estava zero a zero, tanto em função dos nossos erros, quanto por méritos próprios, exigiu muito do Boeck, que teve que fazer, no mínimo, três defesas milagrosas, salvando a nossa lavoura. Não fosse o nosso grande goleiro e o Fortaleza poderia ter passado por maus bocados.
Com relação à equipe dois pontos nos preocuparam e acredito que também ao Marquinhos: O primeiro diz respeito à lentidão do nosso miolo de zaga, pois qualquer atacante veloz, mesmo que venha de trás, consegue superá-los, caso do Max Oliveira, que está muito pesado.
Acredito que esteja em curso um trabalho especial para que recupere o peso ideal, pois conhecemos o jogador e sabemos que em condições normais não é assim tão lento, além de possuir uma grande capacidade de antecipação e de sair jogando, que não está conseguindo pôr em prática.
O Outro ponto. Também significativo, é a lentidão na saída da defesa para o ataque, provavelmente vamos melhorar essa deficiência com as novas peças, pois, mesmo estando em campo por pouco tempo, gostei do Rodrigo Mancha, que tem excelente porte atlético e me fez lembrar o Dudu Cearense em forma, e do Ronny, que tem bom toque de bola, acredito que conseguirá acalmar a ansiedade do meio de campo.
Por fim temos a troca de passes excessiva no sistema defensivo, posto que a mesma tem que ser feita, o que é salutar, no meio de campo ofensivo. Essa troca de passes na defesa e esses recuos constantes conseguem mexer com a nossa adrenalina e coronárias.
Como ponto positivo vimos que o time começar a desenvolver um sistema tático bem definido, pois já é possível visualizar as suas linhas de marcação a olho nu e nesse aspecto, foi uma equipe solidária e que se entregou à marcação o tempo todo.
No meu ponto de vista, qualquer deficiência que ainda poderia existir, foi compensada pela entrega e pela raça demonstrada por todos os jogadores. Podemos dizer que o Fortaleza foi um time que não esmoreceu em tempo algum e que teve muita tranquilidade, mesmo quando acossado pelo adversário.
O nosso ataque deixou patente que se bem municiado nos dará grandes alegrias, isto porque, o Zé do Gol, mesmo com sobrepeso, quando tem a bola no pé sabe o que fazer, sem falar que fez um golaço em que aliou com perfeição a força e a habilidade. Acho que, fazendo coro com o meu amigo Lauro Leite, presenciamos ontem o gol do ano.
O Marquinhos foi muito feliz nas substituições e em que pese os destaques, Boeck e Jefferson, no meu entendimento os dois melhores jogadores do Tricolor na tarde/noite de ontem, o meu destaque maior fica para o conjunto que a equipe já começa a apresentar. Alguém pode redarguir e contrapor que passamos por dificuldades, é verdade, porém o time merece todos os nossos encômios pela capacidade de superação e pela busca constante pela vitória. Gostei do que vi.
O Rodrigo Andrade tem declarado que está apto a participar dos play-offs, ou da melhor de três jogos contra o Ferroviário. Descontando-se o fato de que o atleta está sem ritmo de jogo, conjeturamos que o Fortaleza, como o Everton pela esquerda e o Rodrigo pela direita, fica um time mais ofensivo e o ataque, que vem recebendo as bolas quadradas, especialmente o Zé Carlos, será melhor acionado e municiado. É o chamado ganha-ganha.
O destaque negativo nessa fase é para o Ferroviário, que teve representante na reunião que decidiu que os sócios torcedores dos clubes seriam beneficiados, independentemente de quem fosse o mandante, e está negando a sua participação. O fato de não ter concordado é irrelevante, pois a Democracia é a ditadura da maioria e não do consenso. Concordou com a presença dos sócios dos outros clubes e agora quer complicar.
Mesmo o jogo tendo ocorrido num horário impróprio e o público não sendo o dos sonhos, assim mesmo a presença da torcida do Tricolor, contra o Tiradentes ainda foi maior do que o do nosso rival, contra o Uniclinic, cujo horário era mais apropriado. Por falar nisso, em que pese essa presença de torcedores nos jogos do campeonato está sendo muito abaixo da média histórica do Tricolor, o Fortaleza é o décimo quinto no ranking de público neste ano, considerando-se todas as competições e o nosso rival é o décimo sexto. Vamos vencer também essa batalha Nação Tricolor.
O Fortaleza enfim jogará nessas semifinais às dezesseis horas. No dia quatro de abril, neste horário se digladiará com o Ferroviário no Castelão, em jogo em que o adversário será o mandante. No domingo seguinte, dia nove de abril no mesmo horário e local, fará o jogo de volta com o Ferrim na condição de mandante. Se houver a necessidade da terceira partida esta será realizado no Castelão às 21:45 horas do dia 29 de abril, uma quarta-feira.
Por hoje c’est fini.
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