COPA DO NORDESTE E ALGUMAS LIÇOES
- Advínculoa Nobre
- 24 de mar. de 2017
- 4 min de leitura
Ao termino da fase de classificação da Copa do Nordeste, o clube com maior pontuação e exatamente o Bahia, que somou 14 pontos, que correspondem exatamente ao dobro da pontuação do segundo colocado, in casu, o Fortaleza, com 7 pontos e que não logrou a classificação, ao lado do CRB, que somou 9, para as quartas de final. Infelizmente, e não podemos tampar o sol com uma peneira, essa foi uma das piores participações do Tricolor na competição, pelos motivos que já foram amplamente debatidos e que não vale à pena rememorar.
O que temos de interessante nesta fase é que, quando usamos como parâmetros a pontuação geral e o desempenho de cada equipe, o Náutico, que ficou na sétima colocação, com a a mesma pontuação do Sergipe, 10 pontos e o mesmo número de vitórias 3, não se classificou,vez que em razão do elevado rendimento do seu grupo, ficou apenas em terceiro lugar, coisas do regulamento que, se premiasse os melhores, com certeza não teria o time sergipano entre os classificados.
Independentemente d e ter logrado êxito com relação a qualificação para a segunda fase, vamos à classificação geral, exclusivamente por critério técnico, representado pelo desempenho de cada equipe, quando então verificaremos que o Náutico apresentou melhor desempenho do que o time Sergipano:, mas não logrou classificação: 1º - Bahia (14); 2º - Sport (13); 3º- River (13); 4º - Vitoria (13); 5º - Campinense (11); 6º - Itabaiana (11); 7º - Nautico (10); 8º - Sergipe (10); 9º - CRB (9); 10º - América (7); 11º - ABC (7) ; 12º - Fortaleza (7).

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À luz da classificação geral temos que o Fortaleza ficou em décimo segundo lugar e que, com 7 pontos teve a mesma produção do América e ABC, terceiros posicionados nos seus respectivos grupos. América e ABC, rivais históricos no Rio Grande do Norte, morreram abraçados com mesma pontuação e posição.
Por outro lado, centros tidos como menos adiantados conseguiram classificar três dos seus quatro clubes, casos de Piauí e Sergipe. Além do mais o nosso estado, cantado em prosa e em versos como, no mínimo terceiro do Nordeste, não conseguiram classificar os seus representantes, sem falar que o Uniclinic, saco de pancadas da competição se transformou numa vergonha nacional.
Estatísticas não ganham jogos, é bem verdade, contudo, servem de indicadores para a tomada de decisão, de modo que, pelo que se depreende centros futebolísticos como Ceará e Rio Grande do Norte têm que repensar e redimensionar os rumos do seu futebol. No nosso caso, consideramos que o Fortaleza não pode mais ficar refém de uma eleição para poder formatar o seu plantel, alteração estatutária que se faz urgente e premente.
Embasados nesses números podemos concluir que o Fortaleza, que ao lado do Altos, seu companheiro de grupo e de infortúnios foi o time que mais empatou, 4 vezes e que por essa razão conquistou apenas 1 vitória em 6 possíveis, apresentando um percentual de desempenho de 17%, que se iguala apenas ao do Altos, pois até as equipes que ficaram em terceiro, como Náutico (3), ABC (2) e América (2) tiveram mais triunfos.
Em termos de defesa o Fortaleza, que marcou sofreu 7 gols, ficou em décimo segundo lugar, o que indica que o setor deve ser repensado, e o que se depreende é que precisa ser reforçado, pois o Del’Amore, recém contratado, é muito verde e na Série C, vez que para o estadual não há mais possibilidade, necessitamos de jogadores mais experientes.
Ainda nos reportando à defesa, estamos de certa forma preocupados, haja vista que o Max Oliveira, que está tendo uma chance de outro para demonstrar de vez que reúne condições para ser titular do Fortaleza, está muito pesado, tanto é que na partida contra o Tiradentes perdeu vários lances em que os atacantes, vindo de trás e de uma distância considerável, chegaram primeiro na bola. Oxalá” Tenha usado esse tempo para se recondicionar melhor. O Del’Amore e o Heitor, também são lentos.
No ataque, nessa Copa do Nordeste, o Fortaleza assinalou apenas 6 gols, ou um gol por partida, posicionando-se tão somente em décimo primeiro lugar e como sabemos, uma equipe para ser campeã, tem que ter uma produtividade de, pelo menos, 1,5 gols por jogo. O Marquinhos está readaptando o Lúcio Flávio para jogar ao lado do Zé do Gol, contudo, além da adaptação, há a necessidade de meias para municiar com competência e precisão o ataque.
O Everton está retornando e já como titular, mas provavelmente necessitaremos de mais um atacante, e de elevada qualidade técnica, que jogue pelos lados do campo, vez que não podemos depender exclusivamente de jovens valores como o Gabriel Pereira e o Vinícius Baiano e até porque, pelo que não produziu até aqui, acredito que o Marquinhos já tenha chegado à conclusão, a que nós chegamos, que não tem como contar o Juninho Potiguar.
O jogo de ontem, que nem vamos comentar por não acrescentar muito, deixou claro e evidente que alguns jogadores, que vinham treinando para melhor se recondicionar, não tiveram qualquer progresso técnico sendo, pois, uma preocupação a mais para o Marquinhos e para o Marcelo Paz. Acreditamos que tudo isso esteja sendo considerado criteriosamente pela nossa diretoria.
Por hoje c’est fini.
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