MULHER: O MAIS SUBLIME DOS IDEAIS
- Advínculoa Nobre
- 10 de mar. de 2017
- 3 min de leitura

Ontem no Programa Fala Leão – Rádio Metropolitana – AM 930, que vai ao ar das 22 às 23 horas, por ser de justiça, fizemos uma singela, mas merecida homenagem à mulher, que desempenha um papel de protagonismo na construção de uma sociedade mais justa, mais humana, mais humanitária e sob a égide do amor.
Nessa homenagem cheguei à conclusão que tudo o que poderia ter sido dito sobre o dia Internacional da Mulher já foi falado e reportado em imagens, prosas e versos, de modo que eu, com a minha pouca capacidade e sensibilidade literária possivelmente muito pouco possa acrescentar, a não ser através desse sentimento que nutro e que é muito forte, de amor, de compreensão e respeito, que não apenas eu, mas que todos devemos ter por esse sexo, que é frágil na compleição, mas que é forte na compaixão e no amor ao próximo e a família, de quem é a célula mater.
Se me pedissem um sinônimo da palavra mulher eu não pestanejaria e de pronto responderia: Amor, sentimento e virtude que mais a aproxima de Deus e da plenitude da obra da criação, enquanto mãe da humanidade. Diria que a mulher, a exemplo de Maria, foi escolhida por Deus para gestar em cada uma seres humanos que são a imagem e a semelhança do Criador e que, por essa razão, é sacrossanta.
Costumo dizer que só somos fortes porque nascemos de uma mulher, cujas lágrimas são como gostas d’águas nascidas do céu e cujo sorriso representa a pureza da alma, legada por Deus. A mulher no ventre amolda o nosso corpo e ao longo da vida amolda o nosso caráter e o nosso espírito.
As primeiras sociedades de que se tem notícias eram matriarcais, mas o homem, inconformado em ser governado sob a égide do amor, aos poucos foi usurpando o poder feminino e ao passo que isso acontecia, aquela sociedade dos primórdios, cujas pilastras eram a paz e a justiça, foi sendo substituída por um novo modelo em que permeou a intolerância e cujos laços fraternais foram substituídos pela insensatez e pela indiferença que deixaram empedernidos os corações humanos.
A meiguice e a pureza d’alma foram drasticamente substituídas pela brutalidade e o amor pelo desamor e a linguagem do coração pela da razão, que nos deixa endurecidos e insensíveis aos clamores dos nossos irmãos, especialmente dos que sentem fome de amor e dos que mesmo no meio das multidões, por falta de carinho vivem numa eterna solidão. De convivência a mulher entende, por que Deus a fez para que o homem não ficasse só e ao criá-la viu que era bom.
Os nossos agradecimentos a todas as mulheres, que enternecem a nossa vida e que mesmo incompreendidas, buscam o aconchego e o amor, constroem a paz, a partir dos nossos lares e tornam a todos nós mais humanos.
No dia de hoje presto homenagem a todas as mulheres, desde à que me gerou à que gerou os meus três filhos e a todas aquelas a quem Deus confiou a sublime missão de serem matrizes da humanidade. Terminando a homenagem e uma vez que usei da dicotomia para enaltecer as virtudes da mulher, apresento esse poema, obra prima de um grande escritor e poeta, intitulado:
O Homem E a Mulher
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher, o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar.
O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo. O génio é imensurável; o anjo é indefinível;
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema; A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas.
A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu.
Victor Hugo (Escritor e Poeta Francês).
Por hoje c’est fini.
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