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FORTALEZA: ALÉM DA QUEDA, O COICE!



O Fortaleza não vem numa fase muito boa, a começar pela desclassificação na Copa do Brasil, situação atípica que não pegou de surpresa apenas o clube, mas uma série de clubes equipes que não se prepararam convenientemente para a competição e para os demais compromissos do início da temporada.


Evidentemente que não devemos nos nivelar por baixo, mas cerca de quinze clubes grandes foram eliminados na primeira fase, em face desse novo regulamento que castiga, de modo geral, aos que optaram por montar os seus plantéis no decorrer das competições, caso específico do Tricolor.


O Fortaleza se deixando levar por parte da imprensa e em razão de um eleição muito difícil, em que não houve diálogo entre os candidatos, destroçou totalmente a equipe do ano passado e como consequência vem tendo muitas dificuldades para encontrar o equilíbrio e a regularidade técnica.


Nesse ponto abro um adendo para dizer que a eleição, das mais democráticas do país, assumiu contornos de politicagem partidária que foi danosa ao clube. Cada candidato, sem exceção prometeu um determinado feito se eleito fosse, mas de um forma geral esqueceram os interesses tricolores. Faltou-lhes uma postura de estadista.


Ora, quem era o presidente e quem poderia oficialmente renovar contratos? Obviamente que o Jorge Mota, que em razão de não ter a certeza de ser reeleito não se sentiu no direito, até porque foi pressionando pelos concorrentes, de renovar alguns contratos de jogadores tidos e havidos como imprescindíveis. Então qual seria o caminho? O caminho, no nosso ponto de vista, era um só e esperamos que seja seguido nos próprios pleitos para o bem do Tricolor, o do entendimento.


Os concorrentes deveriam ter se reunido, especialmente os candidatos oposicionistas e, após um consenso entre eles, autorizar o Jorge Mota a fazer as renovações com aqueles jogadores cujos nomes eram consensuais para todos, a exemplo de um Juliano ou de um Lima, dentre outros.


Ao invés disso, preferiram apoiar alguns programas ditos tricolores que pregavam que não deveria ficar pedra sobre pedra no Pici e como consequência o time, cujo elenco está sendo construído do zero, não consegue deslanchar, situação que ocorreria com qualquer um que tivesse vencido as eleições, pois ninguém faz omelete sem ovos, ou seja, ninguém faz um grande time sem dinheiro. Que nas próximas eleições todos os candidatos pensem mais no Fortaleza.


Em razão dessa falta de diálogo e do acirramento da campanha, os jogadores pé frio, ou “canelas finas” para uns foram mandados embora e na minha ótica, pelo menos meia dúzia deveria ter continuado no Pici, principalmente aqueles que, além de um bom futebol, deixaram patente serem jogadores de grupo. Fica provado que ninguém desfaz um elenco impunemente.


Além de todos esses fatores elencados no caso do Tricolor existe outro componente dos mais importantes que de forma inexplicável ocorreu muito no ano passado e continua de melé solto no ano em curso, falamos dos “erros de arbitragem” que, de tanto se repetir nos levam a não acreditar mais em coincidências e sim em coisa feita.


Para não falar de todos os erros de arbitragem do ano passado, lembramos o mais grave, contra o Juventude em que tivemos um gol legítimo do Daniel Sobralense anulado que, indiscutivelmente contribuiu com um largo percentual para nos tirar a ascensão. Contra o argumento das coincidências eu retruco que se fossem simples erros de arbitragem, pela lei das probabilidades aconteceriam também a favor do Fortaleza. Logo...


No ano em curso, contra o São Raimundo foi marcado uma penalidade Mandrake contra o Tricolor, que ainda teve um gol legítimo anulado, ou seja, além da queda o coice. Claro que os mais inconformados vão dizer que não justifica, pois se o time fosse bom os erros de arbitragem não influiriam. Como não?


Para não citar muitos darei exemplos de duas garfadas históricas em que o Fortaleza tinha times bons e que foi desclassificado por influência direta da arbitragem. Conta a Ponte Preta o árbitro de então validou um gol em que o estádio todo viu que foi de mão e somente ele não enxergou. Esse erro que nos rebaixou passou em brancas nuvens e ninguém foi punido.


Contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, no último lance do jogo, o Ronaldo Angelim fez o gol que daria a vitória ao Fortaleza por 2 x 1 e a consequente desclassificação do time paulista, mas o árbitro, na maior desfaçatez, anulou. Não tivesse isso ocorrido e o Tricolor teria decidido o título da Copa do Brasil com o Braziliense na vaga usurpada pelo time paulistano.


O que estamos vendo é que na CBF e até na FCF, por esses erros históricos, ao que tudo indica tem pessoas que patrocinam essas garfadas prejudiciais ao Fortaleza. Como bem nos ensina a frase de origem galega, por vezes erroneamente atribuída a Shakespeare, “não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”.


Contra o Moto o Fortaleza sofreu o gol de empate, num lance totalmente irregular em que, pelos menos cincos jogadores do time maranhense estavam na banheira. Tem gente dizendo que se não fosse o gol marcado em impedimento o Fortaleza sofreria outro porque estava sendo dominado. Tanto não é verdade que o Tricolor não sofreu mais nenhum gol e ademais nenhum de nós é vidente que possa prever o futuro sem margem de erro. Ninguém é Mãe Diná.


Tudo isso explica em parte os tropeços do Fortaleza. É evidente que não podemos esquecer os problemas técnicos vivenciados pela equipe no momento, mas sem esses erros fatais, que puseram por água abaixo trabalhos feitos com honestidade e profissionalismo a situação do Tricolor seria outra, tanto agora como no decorrer da história. Espero que ao analisar a situação do time, principalmente os intransigentes e os intolerantes, levem todos esses fatos em conta.


Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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