SEGUNDO TEMPO PROMISSOR
- Advínculoa Nobre
- 21 de fev. de 2017
- 3 min de leitura

Gabriel Pereira - Excelente partida e muito profissionalismo
O Fortaleza conquistou neste domingo uma grande vitória contra o Uniclinic, um adversário difícil, que também brigava pela classificação antecipada e se viesse a vencer, chegaria aos 11 pontos se lhe igualaria, no chamado jogo de seis pontos. O Tricolor garantiu a classificação para a segunda fase, de mata-mata, isto porque não pode mais ser ultrapassado pelo oitavo colocado, in casu o Tiradentes.
O Tricolor entrou em campo com um time todo modificado, nada mais e nada menos do que sete alterações, de modo que tivemos um jogo equilibradíssimo no seu primeiro tempo, em que o antagonista, efetivamente, andou mais perto de abrir o marcador. Criou duas grandes oportunidades, ensejando que o goleiro Marcelo Boeck, que a cada jogo deixa patente o seu valor, conquistando de vez a Nação Tricolor, fizesse duas grandes defesas, evitando assim a queda da sua cidadela.
No segundo tempo a coisa mudou de figura. O treinador Daniel Frasson, fazendo a leitura correta e precisa da partida fez entrar o Esley e o Gabriel Pereira. O Wesley se concentrou mais no meio de campo, mas de vez enquanto se apresentava pela diagonal esquerda da área para finalizar e foi assim que fez o terceiro gol. Com dois pontas bem abertos, Gabriel Pereira e Vinícius Baiano, o Zé Carlos que, ao contrário dos últimos centroavantes tricolores, tem bom domínio de bola, senso de colocação e presença de área, fazendo muito bem o pivô, deixou claro e evidente que também estamos bem servidos de centroavantes.
Numa bate e rebate nas proximidades da pequena área, pela esquerda, o Vinícius Baiano cruzou por cima da defesa e rente à trave, quando a bola já se direcionava praticamente para a linha de fundo, eis que aparece o pé providencial do Zé Carlos, que mostrando que o artilheiro sempre está na hora e no local certo, quase sem ângulo, transformou uma bola quase perdida no primeiro gol tricolor, mudando consubstancialmente o panorama da partida, que começava a se desenhar favorável ao Fortaleza. Ressalte-se que antes desse gol o ataque tricolor já havia colocado duas bolas nas traves.
O segundo gol surgiria de mais uma jogada de velocidade do Vinícius Baiano, que penetrou célere pela direita e cruzou na medida e na cabeça do Gabriel Pereira que, penetrando em velocidade no meio da defesa do Uniclinic cabeceou forte, sem possibilidades de defesa.
Acentue-se que o jogador Gabriel Pereira, que passa por um problema familiar, haja vista que o seu pai, senhor Edson Pereira, se encontra hospitalizado, numa demonstração de muito profissionalismo, jogou o tempo inteiro e no final da partida, consternado e emocionado, dedicou o gol ao seu genitor. Belo gesto de um filho e de um profissional exemplar.
Temos que ressaltar nessa partida a inteligência e a boa leitura de jogo do Frasson, que fez as alterações que se faziam necessárias; a velocidade dos dois meninos, Gabriel Pereira e Vinícius Baiano e a capacidade do Zé Carlos de fazer o pivô e de servir aos companheiros. Deu dois passes açucarados, infelizmente desperdiçados pelos nossos atacantes.
Ficou patente no jogo de ontem, assim como nos anteriores, que estamos bem servidos de goleiros e de atacantes, pois no meu entendimento o Zé do Gol não sai mais do time. Quanto ao time, com mais alguns ajustes, especialmente se conseguir resolver o problema do setor de engenharia, pode render bons frutos, até porque temos boas peças, embora algumas não estejam funcionando a contento.
Confiamos na capacidade do Marquinhos de arrumar e organizar a equipe que se ressente de um modelo tático padrão e de variações a serem utilizadas no decorrer dos embates, para fazer oposição e neutralizar a estratégia dos adversários. Não há muito tempo para qualquer alteração, vez que o Tricolor já tem um embate amanhã contra o Moto, em que precisa vencer para continuar aspirando a classificação.
Em perdendo ou até mesmo empatando as coisas se complicarão, contudo, se sair vencedor, continua firme lutando para passar de fase e em disputa acirrada com o Bahia, a quem enfrentará fora de casa, pelo primeiro lugar do grupo. Difícil sim, impossível não. Pelo que produziu no segundo tempo da partida contra o Uniclinic nos damos ao direito de sonhar com voos mais altos.
Para o Marquinhos além da responsabilidade própria da esteia, será uma oportunidade para observar o rendimento das peças que tem à mão. Na relação de atletas aptos a enfrentarem o Moto, não fez parte o Juninho Potiguar, que já teve várias oportunidades e se mostrou completamente perdido. São muitas chances recebidas pelo jogador, que nos permitem avaliar e afirmar que o mesmo, em que pese a boa vontade dos treinadores, infelizmente não emplacou, caso, por exemplo, do Bruninho.
Por hoje c’est fini.
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