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TORCIDA E DIRETORIA DEVEM CAMINHAR JUNTAS



O Novo regulamento da Copa do Brasil está fazendo muitas vítimas precocemente. Se as mudanças ocorreram para tornar a competição mais democrática, de certa forma estão surtindo o efeito desejado, isto porque alguns clubes melhores ranqueados estão ficando ao longo do caminho, logo na primeira rodada. Os que se põem contra o certame, alegam que esta competição era mais democrática e justa nos seus primórdios, quando reunia os campeões e os vices de todos os estados, bisando a fórmula da extinta Taça Brasil.


Argumentam que essa redução de jogos prejudica os pequenos, e que esse modelo foi concebido pela CBF com o escopo de reduzir despesas, tendo em vista que a citada instituição pouco investe no futebol brasileiro e de modo especial nas competições secundárias. Por outro lado beneficia os grandes, principalmente os que entram na competição a partir das quartas de final. Enfim veem a mudança como uma forma da CBF de cada vez mais, elitizar o nosso futebol.


No meu ponto de vista estão cobertos de razão, pois há algum tempo, além da corrupção, a CBF só se interessa em engordar a conta bancária, esquecendo o futebol brasileiro. Considero essa sua política uma faca de dois gumes e uma estratégia suicida, pois servirá de justificativa para que os próprios clubes criem ligas e passem a gerir os seus próprios destinos.


Por outro lado os calendários vão de forma paulatina acabando com as competições regionais, que estimulam as rivalidades, contribuem para a revelação de novos jogadores, tanto é que os estaduais estão tendo menos espaço a cada ano, desestimulando as equipes a investirem em melhores elencos, vez que algumas delas só têm atividade por no máximo três meses.


São fatores que indicam que o futebol brasileiro tem que ser repensado em todas as suas instâncias. Uma boa medida seria estudar o futebol alemão que em algumas Copas do Mundo foi uma decepção, tendo que se reformular e hoje e um dos mais fortes do planeta.


Na Alemanha governo e confederação se uniram na adoção de medidas que concorreram para a recuperação do futebol e num espaço muito curto de tempo. Pôr em prática esse tipo de ação indiscutivelmente contribuirá para que o nosso futebol volte a ser grande, preferencialmente o maior do mundo.


Uma das medidas urgentes, que pode soar como antidemocrática, seria determinar uma idade-limite para que o atleta pudesse ser negociado para o exterior, dando aos clubes um período mínimo para usufruírem tecnicamente dos seus investimentos. Outras sugestões menos polêmicas e melhores podem surgir, desde que o governo e a CBF passe a fazer simpósios com todos os profissionais do ramo, com o intuito de elencar as medidas prioritárias, que devam ser adotadas, visando a fortalecer o nosso futebol.


Não será eliminando os menores que o futebol crescerá. Voltaremos a ser grandes e temos que ter a humildade para reconhecermos que somos menores, por exemplo, que a Alemanha, atual campeã e que nos deu um baile e nos imprimiu uma grande goleada na Copa de 2014, se cuidarmos das nossas bases.


Quando nos reportamos às bases, incluímos o futebol de várzea, ou na nossa linguagem de subúrbio, nos campeonatos de bairro, nas categorias inferiores dos pequenos e grandes clubes. Assim como aconteceu na Alemanha, que o governo subsidiou investimentos nessas categorias, o mesmo deve ser feito no Brasil.


Os nossos entraves, além dos maus governantes e dos corruptos que grassam em todas as áreas, especialmente no futebol, são as nossas condições econômicas, pois setores importantes, como a Saúde e a Educação estão agonizante e sem falarmos que um grande contingente da população vive em estado sub-humano. Se não há dinheiro, pelo menos essa é a justificativa para investir em setores vitais e essenciais, como então investir no futebol?


O resultado de tudo isso é que nessa Copa do Brasil estamos presenciando um baixo nível técnico e não falamos das equipes pequenas que, com a nova fórmula estão se dando bem. Reportamo-nos a clubes grandes, a exemplo do Fortaleza, desclassificado prematuramente, especialmente por não ter uma base sólida que lhe garante, anualmente a renovação e a manutenção do elenco.


Momento para reflexão e para acertos de rumos, até porque, nas vicissitudes, exercitamos a nossa capacidade de resolução e de discernimento visando encontrar a solução para os problemas. No Fortaleza, por exemplo, faz-se premente que resolvamos a questão do meio de campo, no tocante à meia de ligação, medida essencial para que o time comece a apresentar mais qualidade técnica.


Não apenas a troca de treinador pura e simples resolverá os problemas, necessário se faz que estanquemos os pontos de estrangulamento do elenco. Isso passa por dotar o elenco de qualidade técnica em todos os seus compartimentos, aliado à contratação de um treinador menos chegado à improvisações. A diretoria, sem dúvidas, está atenta e disposta a encontrar as soluções, mediante as quais passará a caminhar lado a lado com a torcida, falando a mesma linguagem e buscando os mesmos objetivos.


Por hoje c’est fini.



 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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