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DERROTA E MUITOS GOLS PERDIDOS



O Fortaleza perdeu uma partida em que era favorito e o pior, contra o lanterna da competição e nós dizíamos que seria um jogo de risco e para nossa desdita a nossa previsão se confirmou e por vários fatores que buscaremos elencar. Em primeiro lugar, mesmo o time não criando muito teve quatro oportunidades claras e cristalinas de marcar o placar e que uma a uma fora desperdiçadas. Gabriel, Lúcio Flávio, Rodrigues Andrade e Jefferson não tiveram a clarividência necessária para colocarem a bola no gol.


Aliado a isso o Fortaleza teve um gol anulado, cujo motivo não conseguiu vislumbrar, isto porque se houve uma carga, esta foi do defensor no Lúcio Flávio e não o contrário, de forma que no meu ponto de vista o gol foi mal anulado saindo o Fortaleza no prejuízo, porque se tivesse aberto o marcador ficaria mais tranquilo para administrar a partida, esperar o Horizonte e sair nos contra-ataques, invertendo o desenho estratégico da partida.


O Fortaleza, embora não tenha feito um primor de partida dominou o primeiro tempo, mormente no meio de campo e em função do que elenquei, não soube transformar esse predomínio em gols. Por outro lado, dois jogadores vinham destoando e no meu ponto de vista tinham que ser substituído, já no intervalo, o que efetivamente não ocorreu, Allan Vieira e Juninho Potiguar.


O Juninho Potiguar era o mais desgastado com a torcida, pois além da má atuação, saliente-se que começou até bem, mas voltou ao lugar comum, perdeu a bola num ataque em que o Fortaleza fazia praticamente três contra dois, cuja perda originou o contra-ataque que redundou no gol do Horizonte. Acontece que quando o Hemerson Maria se dispôs a alterar, tirou corretamente o Allan, colocando em seu lugar o Bruno Melo, que deu mais qualidade ao setor.


Errou, no meu parco entendimento na segunda substituição, pois ao invés de sacar o Juninho Potiguar, tirou o Eduardo, por razões que desconhecemos, pois não vinha comprometendo. A não ser que tenha tido problemas físicos. Quando resolveu sacar o Juninho pôs em seu lugar o Bruninho, que até hoje não disse a que veio e que, se não aprovou na lateral, a sua posição de corrigem, com certeza não aprovará no meio de campo. A entrada do Bruninho vem sendo recorrente, mas nada tem acrescentado.


Gostei do Ortega, entretanto, o jogador, taticamente, atuou na posição errada, como segundo volante, passando o Vacaria à condição de armador, para a qual não tem a menor vocação. Não tenho criticado o Hemerson Maria, isto porque, no meu entendimento lhe faltam opções, contudo, depois dessas substituições e dessa configuração estratégica equivocada, o Fortaleza passou a procurar o gol de empate sem qualquer organização tática, mesmo assim ainda levou perigo e mais uma vez perdeu a chance de marcar, posto que o Gabriel recebeu livre e colocou a bola no travessão.


Avalio que o Hemerson não foi muito bem nas alterações que, no meu ponto de vista pareciam ser mais simples, apenas uma troca de seis por meia dúzia, ou seja o Bruno na esquerda e a entrada no Cássio na vaga do Potiguar, passando o time a atuar com dois meias e dois atacantes, com um desses meias passando a atuar como terceiro atacante, que já seria um progresso, vez que o Juninho Potiguar já vinha fazendo esse papel.


Queremos afirmar, no entanto, que do outro lado tinha um time que foi muito eficiente no dever de casa e muito fiel à estratégia que decidiu utilizar. No primeiro tempo se propôs a jogar no contra-ataque e, se aproveitando de um descuido na defesa, fez o gol que lhe daria a vitória, e que pelo menos em duas jogadas, andou muito perto do segundo gol. Dois jogadores se sobressaíram, o Robert e o Franklin, o pequeninho da camisa sete que deixou a defesa do Fortaleza sobremaneira apavorada. Mérito do Horizonte.


No Fortaleza, a exceção do Boeck, que transmite paz e muita segurança, praticamente não tivemos destaques. Destacaria o Ligger na defesa e, mesmo perdendo um caminhão de gols, o Gabriel Pereira, que ainda é o nosso atacante mais lúcido. O Jefferson começou bem, jogando de cabeça erguida e contribuindo para o domínio tricolor no primeiro tempo, mas ao ser deslocado para a lateral não rendeu o mesmo, pois nem defendeu bem e nem foi à linha de fundo.


Das substituições enalteceria o Bruno que, em pouco tempo, fez mais do que o Allan Vieira em dois terços da partida e o Ortega entrou bem, mas jogando muito recuado, melhorou a saída de bola, mas o time perdeu a articulação na frente, isto porque, premissa que já vimos defendendo, o Rodrigo Andrade não é meia de ligação e sim um meia atacante e que, por essa razão o Fortaleza se ressente de alguém que saiba organizar as jogadas ofensivas.


Não diria que o time “involuiu” porque não existe essa palavra, mas defendo a tese de que o que vinha sendo construído perdeu a consistência, isto porque até a defesa, que vinha demonstrando segurança, falhou no lance do gol e em outras jogadas e por pouco o Horizonte, que andou mais perto de fazer o segundo gol, do que o Fortaleza do empate, não ampliava o marcador.


Está tudo perdido? Não. O Fortaleza vai ter que ser repensado a partir do meio para a frente e com outra alternativa tática, isto porque, nesse 4-3-3 em que o Juninho sem função tática e sem bom desempenho técnico, o time em termos de ataque não tem sido muito eficiente. Na minha ótica o Ortega atuando na sua verdadeira posição, a meia, será mais produtivo e eficiente. Não há como não considerar que os dois jogadores não fizeram falta, isto porque representar 20% do time e nesse plantel resumido as substituições ficam prejudicadas. Bola pra frente.


Por hoje c’est fini.



 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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