FORTALEZA X GUARANI (J) - PROVA DE FOGO
- Advíncula Niobre
- 18 de jan. de 2017
- 4 min de leitura

O Hemerson Maria, que está invicto no comando do Fortaleza, vez que em quatro partidas venceu uma e empatou três, apresentando um percentual de desempenho de 50%, terá hoje mais uma prova de fogo, vez que enfrentará o Guarani de Juazeiro, por duas competições, Campeonato Cearense e Taça dos Campeões, no qual o Fortaleza busca o bicampeonato, tendo em vista que no ano passado venceu a competição em disputa com outro Guarani, o de Sobral.
Para os que não sabem ou para os menos avisados, a Taça dos Campeões é um competição que foi criada em 2014 para fazer uma espécie de unificação entre os títulos do Campeonato Cearense e da Taça Fares Lopes. Em 2014 o campeão foi o Ceará e dizem as más línguas que foi criada naquele ano para que o Ceará pudesse pagar a perda de um mando de campo, tanto é que foi disputada de portões fechados. O nosso rival bateu o Barbalha por 2 x 0 e ficou com o título.
Em 2015, aumentando os rumores de que havia sido criada por casuísmo, para beneficiar o nosso rival, a competição não foi disputada, voltando em 2016, quando o Fortaleza, enfrentando o Guarani de Sobral, venceu-o por 3 x 0 e ficou com o título. Na noite de hoje decide com o Guarani de Juazeiro o título da competição e se vencer chagará ao bi, que seria o primeiro da história desse torneio.
Desse modo o jogo de hoje vale por duas competições, Cearense e Campeões e persistem algumas dúvidas no caso da partida terminar empatada, o que efetivamente não queremos. Nessa eventualidade seria computado um ponto para cada equipe no Campeonato Cearense e a Taça dos Campeões seria decidida, como diz a regra, em tiros livres da marca do pênalti.
Será um jogo importante para o Fortaleza por esses dois aspectos, ademais o clube na estreia empatou com o Ferroviário em 2 x 2, resultado que não agradou a torcida, que anda muito irrequieta e fazendo protestos, que não se conceberiam, pois o Fortaleza não perdeu e tivemos apenas a primeira partida em nove, de uma competição em que todos os jogos são decisivos. Fosse dois turnos os pontos desperdiçados em um jogo poderia ser recuperado no returno, contudo é turno único.
Verdade é que o Fortaleza vai para o oitavo ano da Série C, justificando em parte a ansiedade da torcida e a sua falta de paciência, entretanto, pelo que dizem a mesma está se deixando levar por determinados programas, que defendem interesses outros que não os tricolores, que a têm insuflado contra a atual diretoria, fruto de duas questões principais, a perda do acesso à Série B e o pleito de dezembro em que alguns perdedores insistem em não descer do palanque.
Diante desse cenário tudo o que é feito é criticado e quando estamos no começo de uma competição em que o foco é o campeonato, muito importante para o Tricolor, pois vale um tricampeonato, que será o quarto da sua história, essas pessoas teimam em mudar o foco, direcionando as suas críticas para a Série C, que só virá em abril. Agem de forma contraditória defendendo a tese que o campeonato não tem valia, quando todos nós sabemos que é muito importante, pela rivalidade e por classificar clubes para as competições nacionais.
O resultado disso é que já defendem a saída do treinador, que mal começou a trabalhar e ainda por cima, criticam o elenco, formado nas últimas semanas, que não teve nem tempo para se entrosar. Estamos diante da chamada picuinha em que meia dúzia e não passa de uma dezena, alguns manipulados pela imprensa inimiga e outros porque puxam a corda para o lado contrário aos interesses do Tricolor e que são adeptos da política da terra arrasada.
Também somos torcedores, também queremos o Fortaleza na Série B, contudo, defendemos a premissa de que devemos dar um passo de cada vez. Primeiro o campeonato que é importante, depois a Copa do Nordeste e Copa do Brasil e, por fim a Série C. Entendemos um pouco dessa impaciência, até porque a torcida, principalmente a que não faz manifestação, tem razão quando defende que existem claros em algumas posições no elenco, a exemplo da meia de ligação. Para essa posição defendemos a tese de que não adianta trazer um jogador qualquer, apenas para compor elenco.
A diretoria está contratando de forma precisa, ou cirúrgica, como dizem, mas é preciso trazer um jogador que inspire mais confiança ao torcedor e que contribua para alavancar o programa de sócio torcedor. Nesse ponto achamos que o Fortaleza deve esquecer um pouco as diretrizes e dar um voto de confiança na torcida, posto que, se trouxer um jogador com as características que elencamos, o programa de sócio vai para 15.000 e o investimento estará pago. Essa é a nossa sugestão.
Fortaleza e Guarani de Juazeiro, ao longo da história e precisamente nesses cinco anos têm feito jogos muito equilibrado, estando a vantagem, que não é das mais acentuadas, com o Tricolor. Foram dez partidas em que o Fortaleza venceu cinco e empatou duas, perdendo três, duas das quais dentro de casa. O prenúncio é que teremos um embate difícil.
Ademais o time juazeirense vem de uma boa vitória sobre o Horizonte, por 3 x 1, que não deixa margem para contestação, é o líder do campeonato e como tal tem que ser encarado, situação que aumenta em muito a responsabilidade do time e do Hemerson Maria, que a cada degrau da escada ver as dificuldades sendo cada vez maiores.
O time irá com três volantes, por falta de opção para a meia, vez que só temos para utilizar o Patuta, ainda verde e o Wesley, das Categorias de Base e como é obvio, ninguém quer arriscar um olho escalando um dos dois, numa partida dessa monta. O que se espera é que o treinador libere mais o Rodrigo Andrade, numa tentativa de aumentar a nossa capacidade ofensiva, vez que não temos um homem de área e que um dos volantes possa se apresentar como meia, no momento de armar e articular as jogadas ofensivas. Um resultado negativo complicará a todos. Esperamos um Fortaleza mais determinado.
Por hoje c’est fini.
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