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AO INVÉS DE VAIARMOS O FELIPE TEMOS É QUE ORIENTÁ-LO PARA A VIDA


TEMOS É QUE LAPIDAR O NOSSO PATRIMÔNIO E NÃO DESTRUÍ-LO

Hoje temos o primeiro clássico do campeonato, que já acontece nesta primeira rodada, envolvendo Fortaleza x Ferroviário, o cognominado Clássico das Cores, de muita tradição e que historicamente tem tem sido muito equilibrado, até porque, mormente as dificuldades vivenciadas pelo Ferroviário nos últimos anos, o Tricolor da REFFESA, alusão à Rede Ferroviária Federal, onde nasceu o estimado adversário de logo mais.

O time erreveceano foi fundado em 9 de fevereiro de 1933 por funcionários e operários da Rede Ferroviária Federal, num período histórico, não só no nosso estado, mas em todo o Brasil, em que o futebol deixava de ser das elites para ganhar espaço junto ao proletariado e ao cidadão comum. O primeiro encontro entre Fortaleza e Ferroviário só viria a acontecer pelo campeonato cearense, cinco anos depois da fundação do citado clube, precisamente em 19 de setembro de 1938, vencido pelo Tricolor de Aço, por 2 x 0.

O último confronto ocorreu em 30 de outubro de 2015, tendo o Fortaleza perdido por 2 x 1. Pelo Campeonato Cearense o último embate entre os dois clubes ocorreu no dia 12 de fevereiro de 2014, há 692 dias, tendo o Tricolor de Aço levado a melhor por 3 x 1. Não devemos esquecer que o nosso adversário de hoje, em que pese as dificuldades, em termos de conquistas ainda é a terceira maior força do nosso futebol.

Nesses confrontos que têm 79 anos a vantagem e o handicap é do Fortaleza. Ao longo da história foram 310 jogos, com 129 vitórias do Fortaleza; 88 empates e 93 vitorias corais, com superávit do Leão de 36 vitórias. O Tricolor marcou 465 gols e sofreu 404, vantagem de 61 gols. O Fortaleza tem o maior tabu, 27 partidas sem perder, sendo 21 vitórias 6 empates, entre os anos de 1999 e 2007.

Estatísticas à parte, teremos mais um clássico no dia de hoje, às 16 horas no Castelão, em que as duas equipes são completamente desconhecidas do torcedor cearense, isto porque ambas estão passando por um processo de renovação de elecno, salientando-se que o Ferroviário vem da Série B do cearense, galgando a Série A em razão da desistência do Alto Santos e o Fortaleza, por não ter conquistado à ascensão à Série B do Brasileirão, praticamente não deixou pedra sobre pedra do plantel anterior.

No Fortaleza temos como remanescente do time do ano passado, do qual sobraram muitos poucos e exercendo a titularidade apenas o cearense Felipe, para quem pedimos a compreensão por ser, no nosso entendimento, uma joia que precisa ser lapidada e o Rodrigo Andrade, que não é cearense, mas que teve o seu contrato renovado.

Deparamo-nos nesta semana determinados profissionais da crônica crucificando o jogador Felipe, em razão de uma declaração estonteada e infeliz, em que o mesmo tropeçou nas palavras, situação que não precisa virar um cavalo de batalha, isto porque não esperamos que um jogador de futebol seja uma sumidade intelectual, ao ponto de concatenar e organizar as palavras com maestria. Tenho certeza que qualquer um de nós já disse o que não devia dizer, contudo, continuamos de forma implacável condenando os outros.

Toda essa celeuma está acontecendo em razão de parte da imprensa que se diz tricolor, e essa não é a primeira vez, ao invés de preservar e blindar o nosso time, como faz a do nosso rival, prefere jogar o seu nome na rua e na lama, uma exploração feita de forma errada e não sabemos a troco de quê. Como decorrência tem gente nas redes sociais prometendo vaiar o jogador, atitude que considero insana e desprovida de inteligência, por estarmos atentando contra o nosso próprio patrimônio.

Não posso entender, enquanto tricolor, como pessoas pretende acabar com a carreira de um jogador, que pode render muito par ao Fortaleza, tanto técnica como financeiramente, pois para sair do clube precisa se destacar e em isso acontecendo todos ganharão. Ademais tenho a certeza de que todos nós, enquanto jovens e até agora com cabelos brancos, cometemos erros e fomos infelizes em declarações, atos e atitudes, de modo que não podemos querer julgar os outros sem antes julgar a nós mesmos.

Isto posto, pedimos a maior compreensão possível para com esse jovem atleta, o único cearense na formação tricolor, que tem um futuro esplêndido pela frente, desde que saiba administrar bem a sua carreira, ressaltando que assessorá-lo e prepara-lo espiritual e emocionalmente também é uma função do clube.

Diante de todos esses fatos perguntamos: O que ganha a torcida e parte da imprensa, aquela que se perde também nas palavras, tentando acabar com a carreira de um jovem valor e dos mais promissores? Com certeza não ganham nada, pela contrário trazem prejuízo para o atleta e para o Fortaleza.

Voltamos ao jogo para dizer que esperamos uma vitória tricolor, isto porque, contrariando a opinião de muitos, principalmente dos “cavaleiros do apocalipse” e dos “arautos das más notícias”, acreditamos que o clube, no tocante à montagem do elenco, está no caminho certo, vez que vem trazendo jogadores que se destacaram nas suas equipes e que estarão por demais comprometidos com as metas do clube.

Todos ao Castelão, pois esta é a hora de apoiar e não de jogar pedras ou de vaiar, pois quem da imprensa tricolor incita à torcida a não ir ao estádio, não deve ir não passa de uma mente insana e que tem como adeptos, via de regra, os menos comprometidos com o clube. Os que mais cobram são exatamente os que menos ajudam. Ser sócio, comparecer aos jogos e participar das campanhas do clube, alguém já disse, é uma forma, a principal, de demonstrar amor ao Leão.

Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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