PUXAMOS A CORDA SÓ PARA O LADO DO FORTALEZA
- Advíncula Nobre
- 20 de dez. de 2016
- 4 min de leitura

Puxando a corda para o mesmo lado - o lado do Fortaleza
Temos o maior desvelo pela imprensa, especialmente pela boa imprensa que tem prestado ao país relevantes serviços em todos os campos da atividade humana, mormente na defesa das causas dos menos favorecidos, das minorias e, sobretudo, como defensora obstinada da Democracia, não só no Brasil, mas em todos os quadrante do Mundo. Pesquisamos a principal definição de imprensa, que como veremos tem uma missão das mais abrangentes.
“Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa - em contraste com a comunicação puramente propagandística ou de entretenimento”. Tem a imprensa, portanto, a missão de informar e dentro desse diapasão, tanto pode trazer a notícia pura, sem volteios e enfeites, ou seja, que prime pela veracidade, como pode emitir comentários, sem contudo fugir da essência do fato jornalístico.
No Futebol, que é a área em que estamos inseridos, como simples escrevinhador, temos procurado ser coerentes, éticos e respeito, contudo, de vez em quando nos insurgirmos e reagirmos quando somos ultrajados, isto porque não como se entender as razões pelas quais, pessoas que direta ou indiretamente militem numa mesma área não tenham respeito umas para com as outras, desvio de contudo que contribui para que haja uma desarmonia que não constrói. É a harmonia e o respeito que sempre buscaremos, mesmo aos trancos e barrancos e sofrendo agressões gratuitas e decepções.
Ao que parece, no entanto, chegamos a uma época de inversão de valores em termos de relações humanas e profissionais na nossa sociedade em que, praticamente, todos os seus segmentos estão apodrecidos e carcomidos pela falta de vergonha e de pudor. Alguém já disse que “andamos tão desencantados que ser decente parece virtude, ser honesto ganha medalha e sermos mais ou menos coerentes merece aplausos”, quando na verdade todas essas qualidades deveriam ser inerentes ao ser humano e ao cidadão de bem.
Quase diariamente somos chamados de chapas brancas” e até de forma ofensiva de “babões”, por pessoas que não reúnem condições morais para afirmar isso, simplesmente porque não batemos no Fortaleza, como eles o fazem, por vezes sem parcimônia e sem respeito, isto porque não nos igualaremos jamais aos que zombam e tripudiam o Tricolor, em razão de não saberem separar o profissionalismo da paixão clubística, ou por outra motivação escondida no recôndito de almas arruinadas pela acidez do espírito.
Não fazemos isso por não servimos a dois senhores ao mesmo tempo e não acendemos uma vela para Deus e outra para o diabo. Como não foi o Fortaleza que nos escolheu e sim nós que escolhemos o Fortaleza, jamais em tempo algum bateremos no nosso clube de forma desenfreada sob o escudo do chamado “fogo amigo”, que queima e dilacera muito mais, por vir de onde não se espera e que é fruto da torpeza de corações insensíveis.
Não! Jamais teremos vocação para ser o “Trem Bala Tricolor”, programa que não tem o mínimo respeito pelo Fortaleza e pelos seus dirigentes ao ponto de um dos seus componentes afirmar levianamente que o nosso presidente “vive às custas do clube”, conduta não compatível e que não se coaduna com a postura de um jornalista que se diz laureado e que tem cerca de cinquenta anos de janela, que pode ter aprendido todos os meandros do jornalismo, menos o de ter respeito e consideração pelos seus entrevistados.
Diariamente temos sido insultados gratuitamente, por alguns programa tricolores, simplesmente por mantermos uma conduta de respeito à instituição e às pessoas que as representam e de apresentarmos coerência nas nossas convicções, isto porque não atentamos contra a honra de outrem, não chamamos as pessoas de desonestas sem as devidas provas e não criticamos de forma exacerbada e também de posse do microfone não adotamos e nem fazemos apologia ao palavrão, as palavras chulas e às insinuações maldosas.
Para nós os nossos ouvintes e os nossos amigos são sagrados, até porque consideramos que sangue bom não é apenas o que tem dinheiro, mas todo aquele que tiver bons princípios morais, pois nem sempre quem tem dinheiro tem retidão, embora muitos milionários tenham mais caráter do que muitos que se rotulam de ser honestos, competentes e probos.
Não fazemos amigos pelo tilintar das moedas, mas pela honestidade, pela hombridade, pelo caráter e pela retidão. Os nossos abraços e cumprimentos nascem do coração, não são frutos de uma máquina registradora, porque jamais comercializaremos a nossa honra, a nossa decência, a nossa integridade moral e a nossa liberdade de expressão.
Comungamos com o pensamento de Mário Covas quando afirmava: “Eu acho que tenho só uma cara, mas se eu tivesse várias, certamente todas elas teriam vergonha.” E é exatamente esse pensamento que nos move, pois mesmo que não agrademos a todos, continuaremos desempenhando o nosso papel honestamente e de forma ética, de modo que dele não tenhamos que nos envergonhar.
O Fala Leão, apresentado pelo Araújo coração de Leão e por mim, e esta coluna, jamais faltarão com o respeito para com as pessoas e jamais farão críticas contundentes, irresponsáveis, infundadas e movidas pela paixão advinda do apoio a determinados grupos, posto que o nosso escopo é apoiar e defender o Fortaleza e para isso não cobramos nenhum centavo e também não puxamos a corda para o outro lado, puxamos a corda sempre para o lado do Tricolor.
O Fala Leão e a Coluna do Nobre sempre respeitarão e terão apreço para com os que estão do outro lado do dial, sentados na sala, quer sejam adultos, idosos ou crianças. Temos o intuito de bem informar e não o de “deformar” a notícia, como fazem aqueles que preferem lançar boatos do que buscar a verdade.
Pugnamos por uma imprensa unida, que é a principal meta do presidente da APCEDEC, Alano Maia, conforme nos confidenciou em entrevista ao Fala Leão, contudo, isso só acontecerá quando houver o respeito mútuo e quando as pessoas deixarem de usar o microfone para fazer insultos e para desrespeitar os semelhantes com frases maldosas e carregadas de segundas intenções. Essa imprensa abominamos, enquanto que para a imprensa honesta ética e profissionalmente correta tiramos o chapéu.
Por hoje c’est fini.
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