QUE DEUS NOS AJUDE!
- Advíncula Nobre
- 8 de dez. de 2016
- 3 min de leitura

O Fortaleza é um time grande, de modo que não há como afirmar que “não adianta conquistar títulos regionais se o acesso não for obtido”. Apoiamos sem reservas o Tricolor e os seus profissionais, incluindo-se a comissão técnica, contudo, devemos dizer, por oportuno, que temos um tricampeonato a ser disputado em que o Fortaleza tem que fazer o possível e o impossível para conquistá-lo, até porque na sua história só tem duas conquistas semelhantes: 1926-1927 e 1928 e 2003-2004 e 2005.
Desnecessário falar que a conquista de um campeonato conta pontos para o ranking local e nacional. Do mesmo modo a Copa do Nordeste é por demais importante, visto que, além de contar pontos para o ranking nacional, tem prêmios em dinheiro, essencial para o equilíbrio das finanças tricolores e o Fortaleza, Há alguns anos, não contabiliza uma conquista regional. Não pode prescindir, portanto desses título, até porque recentemente, em 2015, o nosso rival conquistou o título, colocando uma vantagem sobre o Tricolor.
Vale a pena lembrar, não que queiramos que isso venha a acontecer que, geralmente, os treinadores que não conquistaram o Cearense não conseguiram terminar a temporada, vez que o título local funciona como uma credencial para o treinador e uma prova de fogo para a sua aceitação por parte da torcida. Esse é o tamanho da responsabilidade do Hemerson Maria que, de antemão, tem que saber que a torcida, além do acesso, quer conquistas.
Tenho escutado em emissoras de rádio e presenciado em emissoras de televisão determinados comentaristas, a maioria dos quais antitricolor, afirmando que o Fortaleza trocaria as conquistas locais e regionais pelo acesso. Não procede até porque nenhuma delas é excludente. A torcida quer um elenco capaz de lutar pelo título de todos esses certames e nesse aspecto não há a probabilidade de negociação, de forma que não é aconselhável formar um time para o campeonato, outro para a Copa do Nordeste e outro para a Série C.
Evidentemente que peças podem e devem ser trocadas no decorrer dessas competições, visando qualificar ainda mais a equipe, isto porque, pela lei das probabilidades algumas não vão se encaixar no perfil do Fortaleza, mas formar um time para cada uma, a estatística tem mostrado que não é uma boa ideia, diria até que é uma temeridade.
Temos ainda que considerar que não adianta contratar quantidade, nesse ano, pelo menos quinze jogadores não reuniam condições de vestir a camisa tricolor, ou porque não tiveram chances, ou porque tecnicamente deixavam a desejar, ou por outros motivos. Somos da opinião que ao invés de contratar quatro jogadores nessas condições, contrate um que resolva, visto que o desembolso financeiro é o mesmo.
Vamos ao exemplo. Quatro jogadores de baixa qualidade a R$. 10.000,00 importa num montante de R$. 40.000,00. Um jogador que resolva deve ficar em torno desse valor, ou de no máximo R$. 50.000,00. Com o valor desses 15 jogadores que não resolveram daria para contratar cinco de boa qualidade e já teríamos uma espécie de espinha dorsal do time. Esperamos que a Diretoria, representada pelo Dr. Ênio, que estás à frente do futebol, o César Sampaio e o Hemerson Maria levem em consideração essas nossas ponderações.
Outro ponto de vista que defendemos e custa dinheiro é de que o jogador que não aprovar deve ser mandado embora, pois além de ficar inchando o elenco e no come-dorme se constitui num péssimo exemplo para o grupo, pois como sabemos uma laranja podre coloca o cesto a perder. Evidenciamos tudo isso para dizer que desse trabalho bem feito depende a paz no Fortaleza e, inclusive a sobrevivência da própria comissão técnica, então a conclusão a que se chega é que não há margem para erros, especialmente porque vamos para o oitavo ano na Série C.
Estamos falando diretamente e sem subterfúgios porque estamos diariamente em contato com a torcida tricolor e traduzimos fielmente os seus anseios e a sua linha de pensamento, expressa na imprensa, nas redes sociais e pessoalmente a cada um de nós. O torcedor tem colaborado como poucas torcidas no Brasil o fazem, mas está cansado e machucado e qualquer fracasso, daqui para a frente, funciona como um estopim e além do mais tem boa parte da imprensa disposta a acender o pavio. Que Deus nos ajude a todos.
Por hoje c’est fini.
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