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CHAPECOENSE: DOR QUE SUPERA A CAPACIDADE HUMANA DE SOFRER


O futebol mundial, profundamente consternado com a tragédia que se abateu sobre a Chapecoense está enlutado e não existe um único quadrante do mundo em que as pessoas, os clubes, os meios futebolísticos e a imprensa não estejam em estado de choque diante desse acontecimento funesto que ceifou setenta e seis vidas que, de forma abrupta foram retiradas do nosso meio. Um golpe do destino.

E o que é o destino? Tem várias definições. Primeiro é o rumo, o lugar onde se quer chegar. Nesse aspecto a delegação da Chapecoense, já enxergando as luzes da cidade, de quem distava apenas cinco minutos não chegou a Medelin, na Colômbia, cidade em que faria o jogo dos seus sonhos contra o Atlético Nacional pela final da Copa Sulamericana, sonho maior de um time que em apenas sete anos saiu da Série D para a Série A.

Premiada pela boa colocação ano passado, em que se colocou em 14º lugar, foi guindada à condição de representante do Brasil na copa continental, chegando à final após derrotar o time do Papa, o argentino San Lorenzo. A décima colocação desse ano já garante a Chapecoense na Sulamericana do próximo ano, mercê da sua ascensão progressiva que culminou no ano passado em ano curso com a conquista do direito de representar o Brasil nesta copa continental.

Chapecó era um alegria só por ter o seu representante decidindo galhardamente um dos campeonatos mais difíceis da América do Sul, consternada agora chora lágrimas que vêm do fundo da alma e para as quais não existe consolo.

Pelo lado filosófico ou místico “Destino é sinônimo de sina, fado, sorte, futuro, fatalidade”. Nós cristãos não comungamos dessa linha de pensamento e achamos que tudo o que ocorre no mundo é fruto dos desígnios de Deus, posto que está escrito que antes de nascermos até os fios dos nossos cabelos estavam contados. Diante dessa afirmação alguém pode contestar que Deus poderia evitar certos acontecimentos, contudo, em razão do livre arbítrio os homens podem construir livremente o seu destino.

Deus não tem culpa, nesse caso, e em outras fatalidades do gênero, acontecidas ao longo da história, com o Manchester United, com o Alianza do Peru, com o Torino da Itália e agora com a chapecoense se falhas mecânicas e por vezes humanas tenham sido capazes de suscitar tragédias.

Estamos vivendo uma tragédia, a maior do gênero, que abalou o mundo inteiro, isto porque 76 pessoas, numa tripulação de 81, tiveram as vidas ceifadas e os seus sonhos e das suas famílias destruídos, isso por uma falta de atenção na manutenção da aeronave. Pelo análise dos experts em aviação civil houve uma irresponsabilidade da empresa, que só tinha autonomia para 2.850 quilômetros e aceitou um voo para 3.000 quilômetros.

Sem combustível a aeronave perdeu os comandos elétricos e o rumo do aeroporto e o piloto, que o próprio dono cometeu o erro de não pedir prioridade para pouso tempo hábil. Será que se não houvesse a ganância do piloto e dono da empresa por esse meio milhão da fretagem essas vidas teria sido salvas? Com certeza que sim, contudo, movido pela ganância a empresa assumiu o risco da viagem e em razão dessa irresponsabilidade 71 vidas foram ceifadas, incluindo-se a do próprio dono da empresa que pagou com própria vida a sua avidez por dinheiro, só que levou consigo vidas inocentes.

Nunca saberemos de fato se essas vidas poderiam ter sido poupadas, , mas o certo é que o Brasil está de luto e solidário com as famílias dos jogadores, dirigentes, jornalistas e tripulação vítimas dessa catástrofe para a qual, qualquer explicação, por mais técnica ou filosófica que for jamais será aceita de bom grado.

São famílias que em questão de segundos viram o mundo ruir, viram os seus sonhos de um futuro brilhante e de vitórias irem por água abaixo, viram desfeitos os seus laços familiares mais afetivos efetivos. Ninguém poderá entender essa dor. Somente os que a sentem podem comensura-la e senti-la em toda a sua profundidade. Dor que penetra no nosso âmago e dilacera o coração.

Dor que nos arrasa, dor que nos dilacera o peito, dor que nos leva a sentir a nossa impotência diante da morte, difícil de aceitar e digerir, mesmo sabendo que todos nós, mais cedo ou mais tarde passaremos por ela.

Diante dessa fatalidade de proporções que ultrapassam e superam o nosso entendimento e compreensão só nos resta nos solidarizarmos com as famílias enlutadas, rogando a Deus que lhes dê forças para vencer a dor oriunda dessas perdas humanas irreparáveis, cuja superação somente será possível pela fé. Essa fé que mesmo diante das fatalidades nos leva a vislumbrar e acreditar ainda no futuro promissor. Que Deus receba os que pereceram com um coro de anjos.

Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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