ELEIÇÕES: COMBATAMOS O BOM COMBATE, MAS SEMPRE NO CAMPO DAS IDEIAS
- Advíncula Nobre
- 24 de nov. de 2016
- 3 min de leitura

Não façamos dessa eleição uma rinha
Estamos numa eleição de um dos maiores clubes do Brasil em que deveria predominar o respeito mútuo, pois todos estão ligados pela mesma paixão e pelo mesmo desvelo a Tricolor de Aço. Não é bem assim. Deparo-me diariamente com pessoas se digladiando nas redes sociais e no WatsApp, inclusive tricolores notáveis, em face de um pleito que está tomando os contornos de uma eleição americana.
O que estamos vendo é uma situação completamente atípica, protagonizada não por todos os candidatos em si, mas e sobretudo, por alguns dos seus simpatizantes que não se furtam de fazer críticas e de espalharem boatos e até calúnias, tudo isso em nome de uma eleição que, pelo que está ocorrendo, nos leva a acreditar até que Maquiavel tinha razão quando afirmou que “os fins justificam os meios”. Não justificam, posto que, em quaisquer das atividades humanas a ética, a decência, a tolerância e o respeito mútuo devem prevalecer.
Diante disso faço um apelo para que todos se lembrem que são tricolores e que depois da eleição, motivados pela mesma paixão, com ressentimento ou não, todos estejam torcendo e trabalhando pelo engrandecimento do Tricolor de Aço. Vou repetir o que tenho dito de forma reiterada: O nosso combate, para ser o bom combate ao qual se referia São Paulo, tem que ser no campo das ideias e a nossa arma maior e mais contundente tem que ser a inteligência. Nada além disso.
Não deixemos que uma eleição nos divida. Que todos nós lutemos intrépida e bravamente para que ao final desse pleito todos nós, como verdadeiros tricolores, estejamos irmanados dos mesmos sentimentos e da união que deve pontilhar entre verdadeiros irmãos. Irmãos tricolores. Temos que ao final dessa eleição continuar falando a mesma língua, a língua tricolor. Por enquanto estamos falando a língua dos inimigos.
Outra coisa com a qual não concordamos diz respeito à essa caçada sem precedentes aos grupos que ajudam o Fortaleza, como se estes fossem proscritos e estivesse contribuindo para a derrocada ou a queda do clube. Dos dois mais atuantes no momento o grupo é o que ainda consegue ser um pouco preservado, mas a Confraria está tendo a sua imagem destruída a cada entrevista dos membros de algumas chapas.
Não tenho procuração para defender a Confraria, mas defendo a premissa de que qualquer clube ficaria por demais satisfeitos se pudesse contar com grupos de voluntários para lhe dar apoio, especialmente num setor que dificilmente é alcançado pelas verbas orçamentárias e que no Fortaleza sendo mantido com doações feitas pelos grupos que apoiam o clube, MITT e Confraria Tricolor.
Uma das acusações, que me parece inconsequente é a de que a Confraria não está minimamente preocupada com os resultados e os fracassos do clube e que tem regalias a exemplo de usar os camarotes do Fortaleza para farras, neste episódio que está sendo chamado pelos seus acusadores e opositores de “farra dos camarotes”.
Quero dizer que conheço o Fortaleza ao ponto de puder afirmar que se o vencedor não for o Jorge Mota, mas qualquer um dos dois oponentes, tanto o Renan quanto o Alexandre, os camarotes vão ser usados do mesmo jeito para agraciar e homenagear os grandes ícones do clube, até como uma ferramenta da diretoria para se aproximar daqueles que podem contribuir, ou que já contribuíram com o Fortaleza, de modo que esse tipo de discussão não era para fazer parte de uma estratégia eleitoreira.
Espero que todos entendam que estou fazendo uma crítica construtiva, por alimentar a esperança de que a campanha do Fortaleza será do tamanho da grandeza da sua torcida, não se limitando a picuinhas e a coisas pequenas e isso vale, indistintamente, para todas as chapas. A torcida quer ver e ouvir propostas. Não quer presenciar essa “guerrinha” fora de propósitos que não levará o clube para lugar nenhum. Estamos mostrando os caminhos, quem quiser continue seguindo pelas veredas.
Por hoje c’est fini.
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