GOVERNO DO ESTADO PRETENDE DISCRIMINAR O FORTALEZA NO REPASSE DE VERBAS
- Advíncula Nobre
- 2 de nov. de 2016
- 4 min de leitura

Discriminando o Fortaleza?
Por quem torce o nosso prefeito e os prefeitos do Brasil e, de modo especial da região nordestina? Consoante o Globo Esporte, são as seguintes as preferências: São Luiz - Edivaldo Holanda Júnior - Vasco e Moto; Teresina - Firmino Filho – Fluminense; Fortaleza – Roberto Claudio – Fortaleza; Natal - Carlos Eduardo – ABC; João Pessoa - Luciano Cartaxo: Botafogo-RJ e Botafogo-PB; Recife - Geraldo Júlio – Náutico; Maceió - Rui Palmeira – CRB; Aracaju (SE) -Edvaldo Nogueira- Flamengo e Sergipe e Salvador - ACM Neto – Bahia.
No caso do nosso prefeito, recém reeleito, somos da opinião que o mesmo, no seu segundo mandato deve repensar o apoio a ser dado aos nossos clubes, em torno de R$. 25.000,00, uma ninharia se levarmos em conta os milhões gastos em verbas de publicidade e ainda se atentarmos para o fato de que Fortaleza e Ceará, e nesse ponto temos que ser justos, elevam às alturas o nome da nossa capital. Esperamos que o senhor prefeito, de modo equânime reveja o valor desse apoio.
E por quem torcem os governadores do Nordeste? Consoante a mesma pesquisa, o quadro é esse: Ceará – Camilo Santana – Icasa; Piauí – Wellington Dias – Cruzeiro; Maranhão – Flávio Dino – Botafogo (RJ); Rio Grande do Norte – Roberto Faria – ABC; Paraíba – Ricardo Coutinho – Vasco e Botafogo (PB); Pernambuco - Paulo Câmara – Santa Cruz;ç Alagoas – Renan Filho – Murici – Botafogo (RJ); Sergipe – Jackson Barreto – Confiança e Bahia – Rui Costa – Bahia.
Vamos comentar o caso do nosso governador que se declara torcedor do Icasa. Ficamos de orelha em pé porque por trás de um torcedor do Icasa se esconde um torcedor do Ceará. E as atitudes do governador embasa a nossa dúvida, isto porque, com relação à ajuda que pretende dar os nossos clubes está discriminando o Fortaleza, posto que a verba a ser lhe repassada, no Campeonato Cearense é a metade da que será destinada ao nosso rival.
O governador ao agir assim deixa de reconhecer o Fortaleza como o clube de maior torcida, bicampeão cearense e um dos maiores do Brasil. Lembramos também que o governador é aliado dos Ferreiras Gomes e mais precisamente do Cid Gomes, torcedor do Ceará que, por sua vez, também discriminou o Fortaleza. O Senhor Camilo Santana tem que respeitar a grandeza do Fortaleza.
O Fortaleza já está na Copa do Nordeste por índice técnico e portanto assiste a todos os problemas que envolvem o nosso segundo representante no certame à distância, ou como se diz popularmente, de camarote.
Neste coluna, fugindo um pouco da nossa linha de conduta de não nos imiscuirmos em assuntos do nosso rival, porém, na estrita defesa da legitimidade e dos interesses tricolores e porque o caso lhe interessa vamos meter a colher nesse angu, para comentarmos esse disparate, que é essa pretensão do nosso rival, de participar da Copa do Nordeste de 2017, sem que tenha preenchido os pré-requisitos, que atenta diretamente contra os direitos do nosso amado clube.
No nosso ponto de vista e diante dessa pretensão absurda do Ceará o Fortaleza deveria se manifestar oficialmente em contrário à essa reivindicação, na condição de terceiro interessado, uma vez que se o Time de Porangabussu obtiver êxito e participar à força da competição somará pontos que farão a diferença entre os dois clubes no Ranking da CBF, trazendo enormes prejuízos para o Tricolor e, por extensão, para os demais clubes que dentro de campo conquistaram o direito de participar do certame.
Esse imbróglio cheira à falcatrua e a suborno, vez que, conforme foi amplamente noticiado na imprensa, possivelmente existia um acordo tácito, através do qual o Uniclinic desistiria da vaga, em troca do repasse para si, por parte do Ceará, do valor da Cota, de R$. 550.000,00.
Por outro lado os moldes do acordo do Ceará com os Guaranis, para também desistirem da competição, não vasou para a opinião pública, entretanto, deve ter sido em condições similares ao acordado com o Uniclinic, pois nenhum clube, especialmente em dificuldades financeiras como é o caso dos desistentes, deixa escapar uma cota de R$. 550.000,00, gratuitamente.
Se o nosso rival lograr êxito, estará aberto, oficialmente e institucionalizado o comercio a compra de pelos clubes nas competições brasileiras para desmoralizar mais ainda esse futebol que carece de credibilidade.
O Interessante é que vários clubes importantes da nossa região ficaram de fora da competição em anos anteriores, que pelo regulamento tem a participação apenas dos campeões e dos vices e em dois estados, dos terceiros colocados, e em momento algum quiseram rasgar o regulamento ou entrar pela porta do porão. Somente o Ceará, que é useiro e vezeiro em rasgar regulamentos e em querer levar vantagens em tudo, está tentando por meios ilícitos, mediante compra de vaga, conforme está implícito, entrar na competição ou no jogo sem fichas.
Dos clubes grandes que aceitaram pacificamente os ditames do regulamento, sem lutar para virar a mesa, ou para entrar no céu à força, temos, em 2016 – Náutico e Vitória; 2015 – Santa Cruz e ABC e 2014 – Fortaleza e ABC, isso para nos atermos apenas a esses anos, donde se infere que são atitudes como essa do nosso rival que atentam contra os direitos dos demais clubes e contra à ética e a lisura nas competições esportivas.
Quanto aos desistentes, lembramos que a Copa do Nordeste é promovida pela Liga do Nordeste e chancelada pela CBF, de modo que o seu regulamento está subordina ao RGC que, em caso de desistência assim preconiza: “Art. 58 - Se uma equipe abandonar uma competição ficará automaticamente suspensa durante dois (2) anos de qualquer outra competição coordenada pela CBF”.
Esse artigo, no nosso modo de ver, suscita e nosw leva a interpretação de que o Campeonato Cearense seria alcançado por esse preceito legal, uma vez que é promovido pela FCF, mas tem a chancela e a coordenação da CBF. Ainda mais, em sendo provado que há corruptor o caso passa ao âmbito da Polícia e da Justiça.
Desse modo, à luz do RGC – Regulamento Geral das Competições da CBF- Uniclinic, Guarani de Juazeiro e Guarani de Sobral estariam por dois anos suspensos de todas as competições oficiais e por mais que queiramos o progresso do futebol cearense temos que defender essa medida, que pode ser o começo da moralização do nosso futebol e do futebol brasileiro. Resta apenas saber se as leis e a ética prevalecerão.
Por hoje c’est fini.
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