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CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS OU COM OS PSEUDO SALVADORES DA PÁTRIA


O Fortaleza vem sendo muito criticado por parte da imprensa que afirma que “o clube tem mais alas do que escola de samba” razão por que é desunido. Gostaria eu que o clube fosse unido e sempre marchasse numa mesma direção, que não tivesse oposição e que todos caminhassem em direção ao mesmo Norte.

Mas de que sociedade estamos falando? Da sociedade humana? Com certeza estamos tratando de uma utopia, isto porque em todos os patamares da sociedade existem opiniões, ideologias e correntes de pensamentos diferentes, não havendo essa homogeneidade que todos pregam, de modos que temos que conviver com esse Fortaleza que é a cara da sociedade por ele representada.

Desde o começo do mundo que houve situação, oposição e conflitos na sociedade. O primeiro deles está na Bíblia, e tem como protagonistas Caim e Abel. Ora, se em milhares de anos não fomos capazes de consertar a sociedade, com suas virtudes e defeitos, como queremos agora que o Fortaleza seja uma entidade sacrossanta sem conflitos e confrontos?

O que queremos nós é que o Tricolor, em meio a todas essas diferenças encontre o seu caminho, que será possível se todos procurarem o entendimento, respeitando obviamente as divergências de opinião e as convicções de cada um. No meu ponto de vista divergências são salutares, porque ninguém é dono da verdade absoluta, a qual só está em Deus.

Fico observando, e sem tomar partido, os salvadores da pátria que vão surgindo, cada um se achando o suprassumo da perfeição, que não existe, pois a perfeição não é uma virtude humana e sim divina.

Com certeza todos que chegarem ao Fortaleza cometerão acertos e erros. O que temos que analisar é se estes acertos foram superiores aos erros e se não houve prejuízo irreversível para o Fortaleza e quando assim me expresso levo em conta ao clube como um todo, incluindo-se o seu patrimônio.

Perdemos mais um acesso, é verdade, e eu como torcedor tricolor há mais de meio século, gostaria de estar escrevendo essas mal traçadas linhas para expressar a minha felicidade em razão da ascensão à Série B.

Não estou feliz, mas também não estou mais chorando, porque cada dor tem o seu momento próprio de existência e sempre temos que enxugar as lágrimas, erguer a cabeça e nos prepararmos para um novo tempo em que ações que visem a consecução dos objetivos do clube sejam encetadas com mais eficácia e eficiência, afinal de contas perdemos a ascensão, mas não perdemos o rumo.

Temos com legado um Fortaleza cada vez mais firme, saneado administrativamente e pronto para novas conquistas. Tropeços? Todos nós os temos, incluindo-se os grandes clubes, a exemplo de Corinthians e Botafogo, que no pese formarem grandes equipes, durante vinte e um anos não conquistaram nenhum campeonato.

Lembro que essas equipes possuindo grandes elencos e grandes jogadores, a exemplo do Corinthians, que contava com o Revelino, um dos grandes artífices da Copa de 1970, vítima de uma bola vadia, de um lance imponderado, de erros de arbitragens e vários fatores combinados, não conseguia vencer o campeonato paulista, ao ponto de sacrificar o seu principal craque, tido à época como o pé frio da equipe.

Para que mostremos a imponderabilidade existente no futebol, o Rivelino, o bode expiatório dos insucessos corintianos, se transferiu para o Fluminense, no qual passou a ser um grande vencedor. São dramas do futebol que nem Freud explica e que por mais racionais que sejamos, são vistos como coisas do sobrenatural. Similarmente ao que acontecia com o Corinthians o Fortaleza tem formado bons times que não têm conseguido a ascensão. Culpa do Imponderável da Silva?

Nesse momento e tendo em mente as conquistas tricolores do ano em curso, que resultaram num excelente calendário para o Tricolor, que terá um ano dos mais movimentados, a começar pelo Cearense, passando pela Copa do Nordeste, pela Copa do Brasil e Série C, é necessário que todos nós sejamos mais ponderados e racional, para podemos avaliar, antes de tomarmos partido, se os que se apresentam como salvadores da pátria, realmente podem contribuir para o crescimento do Fortaleza.

Para descobrir isso pergunta-se:

Esse pessoal vem contribuindo para o desenvolvimento do clube ou fica apenas nos programas de rádio se deleitando com a sua derrota? Se as resposta for não, ou seja, se não contribuem com o Fortaleza descarte-os, esses são os oportunistas das primeiras horas. Alguns dos quais para não contribuírem com a diretoria atual, ou com as que a antecederam não pagam sequer as suas mensalidades de sócios, porque são sempre do contra e estarão sempre torcendo pelo caos.

A Bíblia nos ensina que no final dos tempos aparecerão os falsos profetas e no Fortaleza não está sendo diferente, é diferente: Sempre que acontece um debacle aparecem os falsos salvadores da pátria, que não estavam presentes quando se erguiam os alicerces de um Fortaleza sólido e vencedor. Cuidado com eles. Fiquemos sempre ao lado e irmanados aos verdadeiros tricolores.

Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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