UM CLUBE POR CUJO SUCESSO O BRASIL INTEIRO TORCE
- Advíncula Nobre
- 13 de out. de 2016
- 4 min de leitura

Durante o ano inteiro e particularmente durante à Série C reclamamos da defesa tricolor, exatamente por ser uma das piores da competição e quando falamos em defesa não nos reportamos apenas ao miolo da zaga, mas ao sistema defensivo como um todo, que inclui os laterais e o setor de proteção à zaga.
Invariavelmente chamávamos a atenção da comissão técnica e da torcida, em virtude dos gols sofridos pelo Tricolor, com raríssimas exceções, terem acontecido de maneira semelhante, especialmente por erros de posicionamento e por falta de atenção da zaga.
Noventa por cento do nossos gols sofridos aconteceram da mesma maneira: Bolas alçadas da esquerda do ataque adversário, cruzando toda a extensão da área e pegando o atacante contrário penetrando pela direita, nas costas da zaga e em velocidade.
No jogo contra o Juventude não foi exceção. O cruzamento veio da esquerda, através do lateral, que teve ampla liberdade para cruzar, o Edimar que seria o responsável pelo setor se encontrava adiantado e o William Simões que não tem velocidade tentou fazer a cobertura e como resultado o atacante cabeceou livre para marcar.
Esse lance não exime o Berna de falha, e goleiros têm sido um outro problema nosso, vez que a bola foi cabeceada na sua direção, faltando-lhe reflexo para espalmar. No meu ponto de vista, uma bola defensável. A impressão que tive é o que o Berna estava desatento e se assustou.
Estávamos diante nesse jogo de duas das piores defesa da Série C, em se considerando apenas os oito classificados, contudo, a defesa do Juventude jogou com muita segurança e parecia até que atuava em casa. A nossa defesa viria a cometer outro erro que por pouco não redundou no segundo gol do Juventude.
A bola foi lançada nas costas do Edimar, o meia Roberson ganhou do William Simões na corrida e na saída do Berna fez a “cavadinha” tentando encobri-lo, mas a bola caprichosamente raspou a trave e se perdeu pela linha de fundo. Não é choro de perdedor, até porque não há mais nada a fazer, mas durante toda a Série C alertávamos a todos acerca desse erro, que era recorrente e que findou por nos tirar da competição.
Lembro por oportuno que gols nessas circunstâncias vínhamos sofrendo desde o Campeonato Cearense. Quem não se lembrada do gol do Uniclinic, no jogo em que fomos derrotados por 2 x 1, em que o Guto cruzou a bola da esquerda, a qual foi cair livre para o Diogo, que penetrava pela direita e sem a devida marcação do nosso lateral? Praticamente todos os gols da Série C foram nas mesmas circunstâncias e infelizmente ninguém conseguiu reparar essa falha gritante.
Aliás, além de batermos na trave e do estigma de ficarmos nos mata-matas temos outra síndrome na Série C, a do lateral esquerdo. Contra o Brasil de Pelotas a falha foi do Radar e agora do William Simões que não acompanhou o atacante.
Os times classificados, coincidência ou não, têm as melhores defesas da competição: Boa Esporte, apenas 10 gols sofridos; Guarani e Botafogo (SP) 14 e ABC 15. Na contramão o Fortaleza sai de sena como a segunda pior defesa entre os oito classificados: Juventude e ASA são os piores com 19 e Fortaleza vem a seguir com 18.
Se devemos aprender com os erros fica a lição: Se quisermos voltar à Série B temos que começar a formatar uma retaguarda de respeito, pois entra ano e sai ano e somos traídos pelos nossos sistemas defensivos. No confronto com o Juventude e essa era a minha confiança, a pior defesa era a do time gaúcho, mas a nossa foi quem falhou e deu ao adversário um gol que no futebolês é chamado de “gol besta”.
Vamos supor que fosse o presidente do Fortaleza e que assumisse o compromisso de subir o time, qual seria as minhas providências com relação ao futebol? O meu orçamento para o time de futebol seria de R$. 1.500.000,00 por mês, pois tenho plena convicção de que o sócio torcedor dobraria, dobrariam as nossas rendas, ou em outras palavras torcida pagaria. Afirmo apenas que não quero influenciar ou criticar, posto que esta é uma convicção que tenho debatido como muitos tricolores, incluindo-se os do staff diretivo.
Formataria o elenco com 5 jogadores diferenciados, que receberiam em média R$. 100.000,00; mais 5 jogadores de nível a R&. 80.000,00; 10 bons jogadores, com média se ordenado de R$. 40.000,00 e mais 10 com média de R$. 20.000,00. Somando-se essas parcelas temos um montante de R$. 1.500.000,00 mensais ou E$. 18.000.000,00 ano.
Somente com as rendas de bilheteria e a arrecadação do sócios torcedores, que de 10.000, num piscar de olho iria para 20.000 eu pagaria o elenco, ficando os demais encargos para serem cobertos pelos patrocínios, que seriam melhores, e pelas costas de participação nas competições como Copa do Nordeste e Copa do Brasil e por outras rendas.
Incluo na arrecadação como diferencial, dois jogos contra o nosso rival; duas decisões pela Copa do Nordeste; dois jogos decisivos pela Copa do Brasil contra times tops do futebol brasileiro e três mata-matas pela Série C. Nesses nove jogos à média de R$. 2.000.000,00 o Fortaleza arrecadaria R$. 18.000.000,00, ficando líquidos 50%, ou R$. 9.000.0000,00 que já seriam suficientes para pagar metade da folha anual do elenco e sem falar que teríamos outras rendas.
O meu planejamento seria ousado e contaria com a parceria da torcida, que não precisa provar mais nada, posto que a sua força é conhecida e admirada por todo o Brasil, até porque o Fortaleza tem um grande nome no futebol do nosso país, tanto é que os meios de comunicação divulgaram que a maioria dos estados brasileiros, incluindo-se São Paulo, e falo de todas as torcidas e sem esquecer a grande imprensa, torceram pelo sucesso do Tricolor.
Por hoje c’est fini.
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