CHEIRO DE MUTRETA NA COPA DO NORDESTE?
- Advíncula Nobre
- 4 de out. de 2016
- 3 min de leitura

Juventude e Fortaleza fizeram um primeiro tempo de muita marcação, em que o time gaúcho teve mais posse de bola e foi mais incisivo. Até os quinze minutos o Juventude, de mais domínio do jogo, tanto é que levou muito perigo ao gol do Fortaleza e conseguiu, inclusive fazer um gol, anulado em razão da bola ter batido na trave e em seguida no braço do atacante, foi um time mais perigoso, período em que a bola rondou com muita insistência o gol defendido pelo Berna.
O Fortaleza, por sua vez, também fez um gol anulado incorretamente, vez que o Daniel Sobralense tinha plena condição de jogo, entretanto o auxiliar, de forma apressada levantou o bastão anulando o lance de forma equivocada tendo em vista que o Anselmo, que se encontrava impedido não participou do lance.
O Fortaleza ainda levou perigo em cobranças de escanteios e num chute de fora da área do Sobralense, que o goleiro mandou para escanteio. Teve mais uma chance com o Anselmo, que chutou em cima da defesa. Na verdade não foi um jogo eletrizante, tendo em vista que nenhum dos dois goleiros foi chamados a fazer grandes defesas, por outro lado, o destaque maior ficou por conta do meio de campo do Juventude, enquanto o Fortaleza jogou coletivamente e ninguém se sobressaiu.
Achei que o Rodrigo Andrade ficou devendo uma boa atuação, haja vista que, mesmo tendo feito o trabalho de composição, participou muito pouco do jogo e praticamente não criou nenhuma jogada ofensiva. Em suma, pelo equilíbrio o resultado do primeiro tempo, excetuando-se o lance em que o Fortaleza foi claramente prejudicado, foi justo.
O segundo tempo foi mais movimentado e o Fortaleza, que estava perdendo o meio de campo, fez sair o Rodrigo Andrade e o Daniel Sobralense, substituindo-os pelo Leandro Lima e pelo Pio, que deram mais movimentação e mais capacidade de composição e de marcação, tanto é que o Fortaleza teve duas boas chances para abrir o marcador, uma através de uma cobrança de falta do Pio, pela esquerda, que obrigou o goleiro do Juventude a fazer uma grande defesa.
O Anselmo também recebeu uma bola na cara do gol, mas o bandeirinha, erroneamente deu impedimento, aliás foram seis erros absurdos de impedimento, seis deles contra o Tricolor. Alguns comentaristas avaliaram que a arbitragem foi boa, do contrário, defendo a premissa de que teve altos e baixos, principalmente com relação aos auxiliares, que via de regra, levantavam a bandeira antes do lance se definir.
Gostei do resultado, pois esse negócio de dizer que empate fora de casa, sem gols é ruim, não me convence, posto que, pois pior seria a derrota. Qualquer empate fora de casa terá sido péssimo se o Fortaleza não fizer o dever de casa, conforme aconteceu em anos anteriores. Esse ano, no entanto, a coisa vai mudar e com o apoio da torcida e o empenho do time o Tricolor estará na Série B e para isso deu um passo importante na noite de hoje. Agora é apoiar e confiar, pois a força da nossa torcida fará a diferença.
Tivemos o quinto confronto do Fortaleza com o Juventude fora de casa, nos quais o Tricolor perdeu um por 1 x 0 e empatou quatro: Dois pelo placar de 2 x 2, um pelo placar de 1 x 1 e este pelo escore de 0 x 0. Agora são dois os empates sem gols na história dos embates ente os dois clubes. Dentro de casa o Fortaleza tem sido soberano.
Transcrevemos notícia da Agência Futebol Anterior: Após uma semana de análise, a Procuradoria do STJD resolveu arquivar a notícia de infração do Tombense, que acusava uma suposta escalação irregular do lateral Carlinhos, do Juventude. Após analisar os esclarecimentos do clube gaúcho e da Diretoria de Registros e Transferências da CBF, a Procuradoria comunicou o arquivamento.
No site oficial do STJD, o ato foi justificado pelo fato de não terem sido encontrados “elementos suficientes para comprovação de uma possível infração disciplinar”. Assim, não haverá nenhuma punição ao Juventude, que segue disputando o acesso à Série B com o Fortaleza, nas quartas de final da Série C. Em razão dessa notícia concluímos que o sonho do Tombense morreu no nascedouro.
Estamos sentindo o olor apodrecido de ardil na Copa do Nordeste. Será que o nosso rival vai entrar na Copa do Nordeste pelos porões da falta de respeito às leis e a ética, ou pelo buraco da latrina? O que dirá o STJD dessa negociata? Clubes como Uniclinic, Guarani de Juazeiro e Guarani de Sobral, de acordo o Regulamento Geral das Competições da CBF, deveriam ser punidos, por afrontarem as normas do Desporto. Não nos preocupamos com o nosso rival, mas nesse caso não podemos compactuar com essa tramoia que está prestes a se perpetrar. Uma vergonha para a Copa do Nordeste e para o futebol brasileiro, aliás mais uma.
Por hoje c’est fini.
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