O FORTALEZA, QUE TEM A MAIOR TOCIDA DO ESTADO, FEZ UMA GRANDE PARTIDA CONTRA O INTER.
- Advíncula Nobre
- 23 de set. de 2016
- 3 min de leitura

Pode variar o pesquisador, contudo a resposta é sempre a mesma, o Fortaleza está entre os clubes que detêm as maiores torcidas do Brasil. Desta o ranking foi divulgado através da pesquisa do SPC Brasil, entretanto, qualquer que seja o instituto, IBOPE, Gallup ou qualquer outro, o Fortaleza confirma a sua supremacia, não só no nosso estado, mas a nível de país:
O Fortaleza é a décima oitava torcida do país apresentando um percentual de 1,3% de torcedores, enquanto o nosso rival não aparece nem no retrovisor, estando situado no item “outros clubes”, provavelmente com mais de quinhentos clubes que, juntos, detêm um percentual de 8,7%.
Nessa pesquisa o Fortaleza se situa entre as cinco maiores do Nordeste ao lado de Sport Recife, a maior, Vitória, Bahia e Náutico, entretanto a diferença para o Náutico é de apenas 0,2%, donde se conclui que se o Fortaleza voltar a segunda divisão, como esperamos, certamente ultrapassará vários times nordestinos e brasileiros, por estamos falando de uma torcida que se mantém fiel, a despeito dos sete anos de Série C.
Se essa prova, acerca da grandeza da nossa torcida, ainda não for considerada irrefutável e cabal vamos para o ranking atualizado, divulgado pelo Globo Esporte em que o Fortaleza se apresenta como a décima maior torcida do Brasil, com uma média de 13.891 pagantes. O nosso rival, por exemplo, na Série B e no G-4, e enfrentando equipes tidas como mais conceituadas, é apenas o décimo sexto com uma média de 10.825.
E por fim tivemos o jogo de ontem, em que o Tricolor praticamente não aspirava mais a classificação em razão de, numa partida atípica ter sido derrotado por 3 x 0 no jogo de ida. Mesmo nessas circunstâncias tivemos um público pagante de 13.375, que apoiou o clube, fazendo uma verdadeira festa nas arquibancadas.
O ponto de realce é que a torcida, mesmo o time não tendo logrado a classificação, entendo o seu esforço e o seu desempenho dentro de campo, de pé e de foram calorosa o aplaudiu no final do jogo, na saída para os vestiários, dando uma demonstração inequívoca que nessas duas partidas da decisão jogará com o time, dando-lhe total apoio me sendo, ao pé da letra, o décimo segundo jogador. Costumo afirmar que quem tem uma torcida dessas tem um tesouro.
Com relação o jogo o Fortaleza predominou durante toda a partida e de modo mais ostensivo e efetivo no primeiro tempo, em que atuou de forma quase irrepreensível. Colocou uma bola na trave e o Anselmo teve pelo menos duas boas oportunidades para marcar. Poderia ter feito o placar no primeiro tempo.
No segundo tempo, em que pese o Internacional ter crescido em campo, especialmente por ter aumentado o contingente de titulares, colocamos mais uma bola na trave, num cobrança do Pio, o Anselmo perdeu mais duas chances, uma delas embaixo das traves. Esse é exatamente um dos problemas a serem equacionados pelo Hemerson Maria.
O Internacional também teve chances, no entanto, todas praticamente criadas pelo Fortaleza. O Berna saiu de forma atabalhoada e precipitada em dois lances e o William Simões, num passe em diagonal para o meio da defesa presenteou o atacante do Internacional que, por pouco, não empatava a partida.
Gostei do sistema defensivo, principalmente do Lima, que foi um gigante, seguido de perto pelo Edimar e nesse contexto o Felipe fez uma boa partida. O Simões, para não fugir à regra não esteve bem, até porque nunca vai à linha de fundo e quando recebe a bola afunila pelo meio e, invariavelmente atrasa para a defesa. Um jogador que decididamente não evoluiu.
O meio de campo esteve bem, até porque o Everton cresceu de produção e o Corrêa e o Juliano tiveram boa atuação, principalmente este último que a cada jogo mostra ainda mais qualidade no desarme e na saída para o ataque. O Daniel fez o gol, fez uma boa partida e a não ser por problemas físicos ou clínicos, não entendi a sua saída, isto porque o João Paulo, que o substituiu, mais uma vez, foi uma figura nula.
O Anselmo, como sempre raçudo, precisa, no entanto, acertar o pé, acho até que carece de mais compenetração no momento da finalização. Tem o mérito de tentar, de se movimentar e de segurar a zaga adversária. O Ronaldo entrou no lugar do Everton e não disse o que foi fazer e o Juninho se movimentou muito e foi substituído pelo Pio, que chutou duas bolas perigosas e saiu contundido.
No geral o time merece uma nota oito. Daria nove se tivesse feito os três gols e dez se tivesse se classificado. Não aconteceu a classificação e como dizem no futebolês vamos virar a chave e colocar todas as nossas atenções na Série C, para usar uma frase muito em voga, este é o nosso foco, nessa decisão contra o Juventude, ou contra o Tombense, que está pleiteando a vaga no STJD.
Por hoje c’est fini.
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