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É IMPORTANTE O EQUILÍBRIO ENTRE ATAQUE E DEFESA


O sorriso do lagarto da imprensa marrom

O Fortaleza perdeu de 3 x 0 para o Internacional e as críticas mais contundentes, excetuando-se aquelas sistematizadas e embasadas na pretensa falta de qualidade do nosso plantel, se fundamentam na tese de que o time parecia descompromissado com o resultado da partida, como se a classificação para uma nova etapa não interessasse ao Tricolor e como se este, deliberadamente estivesse abrindo mão desse passo à frente.

Pessoalmente não acredito nesse ponto de vista, até porque estamos falando de profissionais, que têm um contrato para defender as cores e os objetivos do Fortaleza, aliado à defesa da honradez e dos princípios éticos, que devem nortear a cada um. Posso admitir que, com a cabeça direcionada para o próximo e decisivo compromisso de domingo com o ASA, verdadeiro mata-mata, de cuja vitória depende, praticamente, a classificação do Fortaleza, estes jogadores não tenham produzido a contento, preocupados com esse compromisso e complicado relevante que terão pela frente.

Não foi um bom jogo, e fiquei preocupado, sobremaneira com o fraco rendimento da equipe, que até se justificava pelos motivos expostos e pelas mudanças ocorridas na sua estrutura em faces de constantes contusões de jogadores essenciais e de modo mui especial com relação às falhas do sistema defensivo, que comprometem, por certo, qualquer planejamento construído e estabelecido para uma partida.

O Lima deixou o atacante se antecipar no primeiro gol; o Berna espalmou uma bola, sem lhe imprimir velocidade e nos pés do atacante e no terceiro o nosso sistema, após a cobrança do corner, perdeu a disputa no alto para o atacante, cuja cabeçada chocou-se com a trave e voltou para que o avante do time gaúcho, de forma inapelável, assinalasse o terceiro gol e decretasse os números finais da nossa derrocada.

Mais do que a derrota esdrúxula e acachapante, o que me doeu mesmo foi ver membros da imprensa marrom, inimigos do Tricolor, ensaiando. De forma sarcástica, refrão musical que dizia “bye, bye Copa do Brasil, com o “sorriso do lagarto” estampado nos rostos. Isso dói e revolta. Não é mais possível aceitar que essas pessoas continuem espezinhando e debochando do Fortaleza sem nenhuma retaliação.

A defesa que já vinha engolindo um gol por partida se superou e desta vez sofreu três, dificultando, dessa forma a nossa classificação para a próxima fase, que não é impossível, e podemos citar como exemplo o jogo contra o América Mineiro, em que fizemos quatro gols, descontando-se apenas o fato de que o Internacional tem uma melhor equipe.

Essa defesa preocupa porque, e tenho plena consciência de que estou sendo repetitivo, entretanto, ao sofrer um gol por jogo o nosso sistema defensivo obriga ao ataque a fazer pelo menos um para evitar a derrota, situação por vezes das mais complicadas, principalmente quando enfrentamos retrancas e quando jogamos fora de casa, em que o Fortaleza, desde o dia seis de junho não vem se dando bem. Por ocasião do jogo contra o ASA se completarão 90 dias sem vitórias fora de casa.

Avalio que seja um compartimento que esteja tirando o sono e dando muitas dores de cabeça ao Marquinhos, até porque a maioria dos erros têm ocorrido, por falta de atenção, ou por erros de posicionamento. Se quisermos voltar a vencer fora temos que resolver o problema do sistema defensivo que, quando funcionou proporcionou ao clube grandes vitórias fora de casa, por exemplo, América e Confiança, em que não foi vasada. Oxalá o Marquinhos consiga acertar o nosso sistema defensivo, do qual depende muito a evolução na tabela e a classificação do Tricolor.

O Fortaleza, seguramente, não está posicionado entre os clubes que têm a melhor defesa da Série C, isto porque ao sofrer 15 gols em 15 jogos, ou um gol por partida se posiciona entre as defesas intermediárias da competição. A melhor defesa da competição é a do Guarani, como 8 gols sofridos em 15 jogos, ou 0,53 gols por jogo. Ressalte-se que esse índice, e basta que se faça um levantamento para que seja comprovado, está compatível com os números ostentados pelas equipes campeões das diversas divisões do Brasileirão.

A segunda defesa menos vazada também pertence a um clube do Grupo B, o Botafogo (SP) e o Boa Esporte, cujos sistemas defensivos sofreram apenas 10 gols em 15 jogos, que proporcionam um índice, também de time campeão, de 0,66 gols por jogo. Coincidentemente o Botafogo (SP) também tem o melhor ataque, com 25 gols, ou 1,66 gols por partida, reforçando a máxima de que “a melhor defesa é o ataque” e o time paulista é a equipe mais ofensiva da Série C e um sério candidato, ao lado do Guarani, à ascensão.

Não podemos descartar a possibilidade do Fortaleza enfrentar um desses dois times paulista no mata-mata, isto porque, se não vencer, pelo menos uma partida fora, pode se classificar em terceiro ou quarto lugares. Vamos confiar que isso não venham acontecer até porque o time que fez grandes exibições, e que não desaprendeu a jogar, está voltando à antiga composição.

Por fim, na lista das melhores defesas aparece um time do Grupo A, o ABC, que sofreu apenas 11 gols em 15 jogos, apresentando um índice de 0,73 gols por jogo. Reforçando a nossa tese de que um sistema defensivo equilibrado é necessário e essencial para um tique que se proponha a conseguir grandes conquistas, o ABC é o primeiro lugar do grupo, especialmente em função de possuir um bom saldo de gol, quesito que retrata fidedignamente o equilíbrio entre ataque e defesa.

Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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