FORTALEZA FAZ UM BOM SEGUNDO TEMPO E VENCE O SALGUEIRO
- Advíncula Nobre
- 30 de ago. de 2016
- 3 min de leitura

Juliano deu mais segurança ao setor de contenção
O Fortaleza conquistou uma grande vitória contra o Salgueiro retornando ao G-4. Foi um jogo de dois tempos. No primeiro tempo o jogo foi mais equilibrado, até porque o Salgueiro foi um time valente e brioso durante toda a partida, valorizando sobremaneira o triunfo tricolor.
O Tricolor fez um a zero, perdeu pelo menos três oportunidades para ampliar o marcador, pela ordem: Anselmo, Daniel Sobralense e Corrêa. Mesmo com toda essa produtividade, no entanto, nos ficou a impressão de que o time poderia ter agredido mais o adversário, poderia ter sido mais incisivo.
No segundo tempo o cenário praticamente permanecia o mesmo, com o Fortaleza dominando as ações, mas sem muita verticalidade aparentando um pouco de acomodação, até que num descuido do Daniel Sobralense, que perdeu a bola pela direita do ataque, perto da linha que divide o campo, o Salgueiro, ao retomar a bola, partiu em velocidade para o contra-ataque, a defesa se embananou e o bom meia salgueirense saiu na cara do gol, fuzilando a meta sem qualquer chance para o Berna.
Foi um gol que trouxe grandes preocupações para a torcida tricolor, que começou a ver passar na retina os embates contra o ABC e o Confiança e River, em que o Tricolor não teve capacidade de reação amargando desse modo três maus resultados, que se não tivessem ocorrido, fatalmente já lhe dariam a classificação de forma antecipada. Um gol que nos impôs um grande prejuízo, assim como os desperdiçados.
Não fora esse gol e Fortaleza estaria em primeiro lugar no grupo, pois empataria com o ABC em vitórias e saldo de gols, mas o superaria nos gols assinalados. É mas, não adianta mais chorar o leite derramado porque este jamais mais para a vasilha.
A partir desse gol, que tirou o ânimo de muita gente, o Fortaleza criou alma nova e na base da raça conseguiu virar o placar com o Anselmo e ampliar com o Daniel Sobralense, que não pode ser responsabilizado sozinho pelo gol do Salgueiro, uma vez que a bola foi perdida no meio campo e todo o sistema defensivo se encontrava a postos. Foi um vacilo geral, inclusive da defesa.
Infelizmente a nossa defesa sofreu mais um gol, continuando com a marca não muito lisonjeira de levar um gol por partida, o que de certa forma deve preocupar o treinador Marquinhos. O nosso sistema defensivo perde para ABC, que sofreu 11 gols; Botafogo e ASA, 12 e empata com Cuiabá. Remo e Salgueiro com 15 gols. Ganha apenas do América com 20 e do Confiança e River com 23.
Essa regularidade do sistema defensivo de sofrer um gol por jogo é péssima, pois obriga o ataque a fazer por jogo no mínimo dois e com sabemos, dado o equilíbrio do grupo, em determinados jogos uma vitória por uma a zero é goleada. No dia em que o Fortaleza marcar apenas um gol, ou perde a partida ou cede o empate. Temos que encontrar uma forma para melhorar o compartimento defensivo.
Com relação ao jogo contra o Salgueiro podemos dizer que o treinador Marquinhos, quando sofreu o gol de empate, mesmo correndo riscos, encontrou o ponto do doce ao tirar o Corrêa, substituição que muitos julgavam inimaginável, para colocar o Juninho, que passou a atuar mais pela direita, com o Anselmo centralizado no meio e o Everton, que deu mais segurança ao meio de campo e o Everton pela esquerda, porém sem posição muito fixa.
Após conseguir o resultado e visando proteger e calafetar o sistema defensivo tirou o Rodrigo Andrade, que fez a sua melhor partida pelo Fortaleza, não apenas pelo gol marcado, mas pela movimentação pela direita, colocando o Rosinei, em socorro ao Juliano, que mais uma vez atuou de forma esplendorosa. Tomou conta da posição e não tem pra ninguém.
Esse Fortaleza, do segundo tempo de ontem, em jogando assim, com certeza brigará pelo primeiro lugar na chave, até porque a tendência é de que os jogadores que estavam contundidos, a exemplo do Everton, melhorem de rendimento a cada jogo. Temos que torcer agora para que a bruxa tenha deixado o Pici.
Os destaques da partida, no meu entendimento, foram o Edimar, que no segundo gol se apresentou como elemento surpresa; o Juliano que fez uma partida impecável e o Rodrigo Andrade, pela movimentação. Ressalve-se que o Felipe melhorou muito a produtividade. No Salgueiro o destaque foi o meia piauiense Cássio, que dita o ritmo e faz o time jogar.
O destaque negativo ficou por conta do árbitro gaúcho Francisco de Paula dos Santos Silva Neto, que não assinalava as faltas a favor do Fortaleza, marcando, porém, todas a favor do Salgueiro e que deixou de marcar penalidade claríssima sobre o Juninho que, se convertida, daria ao Tricolor a primeira colocação do grupo. Não parece muito estranho e sintomático que os árbitros só errem contra o Fortaleza? Nesse angu tem caroço.
Por hoje c’est fini.
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