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COPA DO BRASIL OU SÉRIE C, EIS A QUESTÃO!


O Fortaleza está em duas competições e são poucos os clubes do Brasil que têm esse privilégio no momento, a não ser aqueles que similarmente ao Fortaleza avançaram por méritos técnicos e os que saltaram de paraquedas na competição, após fracasso na Libertadores. Infelizmente no futebol brasileiro é assim, tem sempre uma casta protegida, distinguida das demais e blindada, que está sempre no topo, mesmo que não tenha predicados para tal, uma atitude politicamente incorreta, também chamada de protecionismo..

Aliás, a politica de privilegiar e distinguir os grandes está mais para cartel do que para protecionismo, que geralmente é um benefício utilizado para proteger os menos favorecidos e as minorias. Assim caminha o futebol brasileiro em que os grandes demarcam o seu território, no qual são poucos os que adentram e quando isso acontece chama de zebra ou de resultado inusitado. Não tenho dúvidas de que se nesse torneio, que deveria ser o mais democrático do pais, todos tivessem as mesmas oportunidades o nosso futebol estaria nivelado por cima e em outro patamar.

Digo tudo isso para deixar patente a importância da Copa do Brasil, que traz benefícios em termos de ranking, além de vantagens financeiras adicionais, à medida que o clube avança, dinheiro importantíssimo para cobrir as despesas, especialmente em ano de vacas magras, em que as arrecadações vem sendo minguadas e que o Fortaleza encontra muitas dificuldades para arcar com as suas responsabilidades financeiras.

Em se tratando de ranking, o Fortaleza que se situava entre os vinte, depois que caiu para a Série C, e que deixou de fazer boas campanhas nos torneiros de caráter nacional, despencou para a quadragésima segunda posição, ficando atrás de clubes inexpressivos, que nem torcida têm. Fica claro de forma insofismável que o Tricolor, para voltar a ocupar o seu lugar no ranking tem que sair da Série C e avançar na Copa do Brasil sendo, portanto as duas competições de suma importância, razão por que administrar essa situação é preciso.

O Fortaleza já eliminou dois clubes da Série A, Flamengo e América Mineiro e se vier a eliminar o terceiro, e mais um campeão brasileiro, certamente dará um passo gigantesco em termos de ranking, mas por outro lado, se não voltar Série B, continuará estagnado e perdendo posições. E qual seria o remédio para tal situação? O ideal é que o clube tivesse um elenco à altura, que lhe permitisse participar das duas competições sem que viesse a sofrer baixas e prejuízos, mas infelizmente, em razão de dificuldades orçamentárias não o tem.

O que fazer então? Entregar o jogo de mão beijada ao Internacional e exatamente para o clube, cuja torcida e imprensa, parte dela evidentemente, está nos destratando e nos chamando de time pequeno. Esse é o dilema e no em que pese a Série B ser o nosso objetivo primeiro, no meu ponto de vista temos que continuar participando da Copa do Brasil com dignidade, com ímpeto e com vontade de vencer. Acho sinceramente que há uma vaguinha para as duas competições.

Voltamos à Série C para dizer que passado a decepção da derrota e a natural fase de pessimismo, vamos respirar fundo e buscar um pouco de luz no fim do túnel, uma vez que a situação ainda não é tão desesperadora quanto pintam e apregoam. O Fortaleza é o segundo do grupo e na nossa opinião não podemos começar a chorar, desde agora e lamentar um possível tropeço, numa rodada que ainda vai começar, e somente no próximo sábado.

Até lá o primeiro passo será arrumar a casa, que anda um pouco desordenada, preparando-se mental, física, técnica e espiritualmente para enfrentar um adversário duríssimo, o ABC, que é forte, mas que não é imbatível. Se nas história da humanidade prevalecesse o determinismo e o pessimismo Davi não teria enfrentado Golias, que era mais forte, e nem Júlio César teria atravessado o Rubicão.

É verdade que o ABC, enquanto mandante, ostenta a quinta melhor campanha, com 14 pontos conquistados, relativos a 4 vitória, 2 empates e nenhuma derrota. Trata-se de uma equipe que está invicta nos seus domínios e que no grupo empata com o ASA, outro que ainda não sofreu o amargor da derrota em sua casa e também futuro adversário do Tricolor.

Todos estão temerosos porque na próxima rodada os cinco clubes que concorrem com o Fortaleza no G-4 estarão em situação das mais confortáveis. ABC, Remo e Salgueiro jogam em casa e o Botafogo sai para enfrentar o River, o lanterna do grupo.

Ocorre que o futebol não é uma ciência exata, que nos leve a garantir de antemão, que todas as previsões se concretizarão, de modo que o Fortaleza, inapelavelmente já esteja fora do G-4, na próxima rodada. Não é bem assim.

Primeiro temos um clássico nordestino, ASA e o América, time que vem subindo de produção e que lutará bravamente para aproximar do G-4, uma possibilidade plausível e palpável. Um empate nesse jogo não está fora de cogitação.

Outro jogo de risco é o do Botafogo contra o River, visto que o time piauiense precisa vencer o seu adversário para chegar aos quatorze pontos e torcer por tropeços de Cuiabá e Confiança para deixar a zona de rebaixamento e isso só ocorrerá se fizer a sua parte. Cuiabá e Confiança têm dois jogos difíceis e fora de casa conta Salgueiro e Remo, respectivamente. Por essas razões esse será o jogo da vida do River e o mais importante da temporada

Por outro lado, não podemos esquecer esse fato, o Fortaleza, mesmo jogando fora de casa e contra um adversário qualificado, só depende de si próprio para continuar no G-4. A situação estaria pior se dependesse dos outros e de uma combinação de resultados.

Então caros tricolores, a situação é difícil, mas não é alarmante e nem desanimadora. Basta que o Fortaleza volte a praticar o futebol que o fez conquistar grandes vitórias, a exemplo do triunfo contra o América Mineiro, ou contra o América (RN), a quem venceu por 3 x 0 em Natal.

A situação de momento, e é nesta contingência que devemos nos basear, é que o Fortaleza ainda se encontra no G-4 e depende apenas das próprias pernas para continuar no grupo de classificação e como temos a certeza de que não desaprendeu o ofício de jogar, tem tudo para fazer uma grande partida em Natal. Confiemos.

Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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