ESTÁ NA HORA DE BRIGAR POR UM TÍTULO NACIONAL
- Advíncula Nobre
- 9 de ago. de 2016
- 3 min de leitura
O Fortaleza se mantém em primeiro lugar no Grupo A e em segundo na colocação geral e agora com uma diferença menor para o Guarani que, na última rodada cedeu um empate em casa, por 1 x 1, ao Juventude. A diferença, que já foi maior, caiu agora para três pontos, 25 contra 22. Em que pese alguns comentaristas analisarem que o importante é se classificar, não importando a posição no G-4, não comungo dessa corrente de pensamento.
A classificação é uma condição sine qua non, ou indispensável, sem a qual o clube não pode pleitear o acesso, de modo que não pode ser colocada, ou sequer ventilada, pois parta se classificar tem que estar no G-4. Sobra a classificação, que na pior das hipóteses pode ser em qualquer posição, contudo, quando falamos em qualificação ideal, esta tem que ser obrigatoriamente em primeiro ou segundo lugar, para que o clube, pensando em chegar mais longe, possa usufruir das benesses de ter sido melhor tecnicamente.
Deste modo o ideal é que o Fortaleza continue brigando pela ponta da tabela, isto porque, em ficando à frente dos demais faz o último jogo em casa, ao lado da sua torcida. Os que defendem o contrário apontam, como argumento, a desclassificação do Tricolor, em casa, em edições anteriores que ocorreram por circunstâncias outras e não pelo fato do Fortaleza ter sido o mandante.
Numa delas, por razões que jamais consegui compreender, o Ciro Sena entregou todos os gols ao Oeste. Não quero atentar contra a honra do rapaz, mas existem denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro. Pelo sim e pelo não, acredito que tenham sido três fatalidades, para contrariar a máxima que reza que “um raio não caio duas vezes sobre os mesmo lugar”. Naquela tarde fatídica foram três raios.
Numa segunda decisão, contra o Macaé, o Fortaleza tinha a classificação na mão, quando de repetente o goleiro Ricardo solta uma bola defensável, parando exatamente a caráter para o jogador adversário fuzilar o nosso gol e decretar para o Fortaleza mais um ano de sofrimento na Série C. Nesse caso, assim como no primeiro, falhas humanas foram as responsáveis pelas nossas desditas.
Contra o Brasil faltou garra, ímpeto, volúpia para vencer e até mesmo competência por parte do treinador para vencer e superar a retranca do time gaúcho. Por outro lado, no jogo de ida fomos um time apático, que perdeu de 1 x 0 em um jogo em que o adversário, além da boa marcação, nada apresentou que o credenciasse à ascensão. Nas duas partidas, no meu modesto ponto de vista faltou atitude ao Fortaleza.
Fica comprovado, então, que o fator determinante e preponderante para que o Fortaleza não lograsse êxito no seu projeto de ascensão não foi o mando de campo e sim o “Imponderável de Almeida” aliado ao “Sobrenatural da Silva”. A primeira máxima a criação é do Nelson Rodrigues, a segunda é minha. Aliado a esses fatores podemos catalogar um pouco de imprevidência, por parte das diretorias, que teimaram em não dotar o time de peças que se faziam necessário para fortalece-lo.
Tenho até medo neste ano em que a torcida, de tanto cobrar mais um goleiro e um atacante de qualidade, o Barcelona, por exemplo, tem três, venha se repetir o nosso estigma. Prefiro bater na madeira e ter fé, mas por via das dúvidas e pelo sim e pelo não, defendo a premissa de que é melhor prevenir do que remediar, donde se conclui que fortalecer o elenco se faz premente.
Volto a afirmar que, na minha trajetória de torcedor tricolor, desde 1960, do tempo, por exemplo, do Abdias Veras, que aniversaria amanhã, já fui quatro vezes vice-campeão do Brasil e não é possível que vá para outro plano sem ver o meu clube conquistar um título nacional. As diretorias do Fortaleza me devem isso.

Pela primeira vez, nestes sete anos, estou presenciando um treinador dizendo que quer ser campeão do Brasil. Os seus antecessores só pensavam em subir. Aproveitando esse desejo vou defender a tese de que estar na hora de atender os seus anseios, fortalecendo o time, com estrelas de primeira grandeza, com contratos, de pelo menos três meses.
Tenho certeza de que se trouxermos um ou dois jogadores, fazendo, evidentemente um grande sacrifício financeiro, o sócio torcedor será alavancado e o investimento, por si só se pagará. Não sou de cobrar contratações, mas na minha ótica, o presidente Jorge Mota, que já está inserido na história do Fortaleza como o “papa-penta” poderia ter uma chance de passar definitivamente para o panteão dos grandes presidentes como o herói a conquistar um título nacional. Fica a sugestão. É pegar ou largar.
Por hoje c’est fini.
Comments