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A TORCIDA SERÁ O COMBUSTÍVEL QUE MOVERÁ O FORTALEZA PARA A VITÓRIA


Há algum tempo não escrevia esta coluna, impossibilitado por cirurgias de catarata, em ambos os olhos, uma das quais necessitou de uma correção. Estou voltando hoje a escrever estas mal traçadas linhas, embora não estando ainda completamente recuperado, mas a saudade dos que me acompanham nesses simples escritos foi maior e eis-me aqui, embora não estando na plenitude. Volto exatamente ante uma partida de suma importância para o Tricolor de Aço, que necessita de uma vitória por dois gols de diferença para se posicionar, como a muito não acontecia, entre os dezesseis clubes do país.

Missão difícil, porém não impossível diante de uma equipe, que mesmo não estando bem na sua divisão, é de Série A, e como tal, merece todo o nosso respeito e atenção, até porque, pelo que produziu diante do Flamengo, deixou patente, de forma clara e cristalina, que a defesa parece que estar começando a se encontrar, além de possuir um ataque muito leve e muito rápido, necessitando de atenção redobrada do nosso sistema defensivo.

Fortaleza e América, nas últimas cinco décadas se encontraram apenas em quatro oportunidades, nas quais o clube mandante sempre levou vantagem. Em 1973 e agora em 2016 o América venceu o Fortaleza pelo mesmo placar de 1 x 0. Nessa última lamentamos porque o Tricolor, mesmo não jogando bem, teve várias oportunidades para empatar e até para fazer o resultado, desperdiçadas. Necessário se faz que os nossos atacantes aprumem o pé e demonstre, sobretudo, mais faro e mais volúpia para marcar e a hora é essa e o momento é agora.

O Fortaleza venceu os dois confrontos em casa, ambos por 2 x 0. Em 10 de março de 1974 conquistou uma vitória em cima do América-MG (2 a 0), no Castelão (CE), valendo pela primeira fase do Campeonato Brasileiro 1974. O placar foi construído por Marciano e Hamilton Melo. Naquele jogo o Fortaleza formou com: Lulinha, Louro, Wilson, Bauer (Rônei); Iris, Hamilton, Melo e Lucinho; Haroldo (Zé Carlos), Dema, Marciano e Geraldino.

Em 20 de agosto de 1975 o Fortaleza venceu a partida contra o América-MG pelo placar de 2 a 0, no Castelão (CE), pela Primeira fase do Campeonato Brasileiro 1975. O placar foi construído por Zé Raimundo e Luisinho das Arábias. O time alinhou com: Lulinha; Aluísio, Hamilton Aires, Osires e Alexandre; Chinesinho, Hamilton Melo e Lucinho; Luisinho das Arábias (Reinaldo), Geraldino, Zé Raimundo (Zé Maria Paiva).

Evidentemente que cada jogo tem a sua história, contudo, o placar que precisamos, de 2 x 0, já aconteceu por duas vezes e nós esperamos que volte a se repetir no dia de hoje, afinal esta torcida maravilhosa, que mesmo diante de inúmeras dificuldades coloca o clube como décimo primeiro em público, em ranking atualizado no dia 26, merece essa alegria e essa primazia de ver o seu clube em os dezesseis melhores do país, situação que há bastante tempo não ocorria.

O Tricolor, para conseguir o seu intento, terá que jogar para frente, não podendo, no entanto se descuidar do sistema defensivo. Contra o Flamengo o time americano perdia por dois a zero, e já no final beliscou um golzinho, obrigando o time carioca a se postar na defesa para conseguir manter o resultado, situação que não pode ocorrer no jogo de logo mais, sob pena de sermos desclassificados.

E como deve jogar o Fortaleza? Como se diz popularmente, com um olho no peixe e outro no gato, pois precisa ir para o ataque, ao tempo que tem que se cuidar na defesa para não levar gols. Acredito que o Marquinhos, atuando com três volantes, deve manter, pelo menos dois mais próximos do sistema defensivo, objetivando a proteger a zaga, liberando um para apoiar o sistema de criação, com a incumbência, porém de voltar rapidamente para recompor o sistema defensivo.

Por outro lado e não precisa sermos experts em futebol, para sabermos que um retranca é vencida com jogadas rápidas, tanto na saída para o ataque, quando da posse da bola, como através de triangulações pelos lados do campo, ou pelas beiradas, como os treinadores, consagrando o português do interior de São Paulo, costuma dizer

Num sistema com três volantes o treinador pode, perfeitamente liberar os laterais. Pela direita o Felipe pode fazer isso muito bem, visto ser um função que já fazendo com louvores. Pela esquerda reside o problema, pois o William Simões, não tem a mesma capacidade para apoiar, como é muito lento, comprometendo o retorno para fechar e calafetar o sistema defensivo.

Alguém pode dizer que perdi o juízo, mas num jogo em que o time depende por demais da boa atuação dos laterais, eu colocava o Bruno Melo, que tanto marca, como apoia muito bem, tendo o cuidado de proteger, com um dos volantes os seus deslocamentos ofensivos. Uma temeridade? Talvez nem tanto.

Com relação ao apoio da torcida, que jamais muda de cor, sendo essencialmente tricolor, não há a menor dúvida de que o seu incentivo é primordial para o clube se sentir protegido, recebendo, por conseguinte, uma dose nova e providencial, de motivação a partir das nossas arquibancadas, ficando possuído de um novo ânimo. O apoio do torcedor é cum combustível preciosíssimo para o time dentro de campo e logo mais contamos com essa arma poderosíssima, em torno de 40.000 torcedores. Não tenho a menor dúvida. Até à classificação.

Por hoje c’est fini.

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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