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EMPATE HERÓICO COM O SALGUEIRO


Terminada a sexta rodada o ASA emergiu como o grande time do Grupo A, tendo em vista que assumiu a primeira colocação e se encontra invicto, numa evolução e performance melhores do que a do ano passado, uma vez que, naquela edição manteve a invencibilidade apenas nos seus domínios. Agora com doze pontos e um a mais do que Fortaleza e Botafogo, virá para enfrentar o Tricolor ostentando esse excelente e vistoso cartão de visitas.

Fora de casa o nosso próximo adversário apresenta uma campanha, de certa forma invejável, vez que ainda não foi derrotado, posto ter conseguindo nessa empreitada duas vitórias, 1 x 0 contra o Remo e 2 x 1 contra o América tendo-se que considerar, no entanto, que, ao contrário da maioria dos clubes, o ASA tem apenas dois jogos fora dos seus domínios, contrastando com o Confiança que já tem quatro, o que equivale a dizer que nas próximas duas rodadas atuará fora do seu território.

Não deixa, entretanto, de ser interessante essa campanha do ASA fora de casa, isto porque os seus dois triunfos ocorreram, exatamente, sobre duas equipes, até então, tidas como favoritas para a classificação, Remo e América. O mérito, certamente, seria menor se tivesse batido os lanternas River e Confiança. Esse é o tamanho do nosso próximo adversário.

Não estrou podendo escrever muito em razão de estar me recuperando de uma cirurgia de catarata, que teve algumas implicações, mas vou me reportar um apouco ao Fortaleza, que conseguiu um empate às duras penas contra o Salgueiro, isso com um erro clamoroso do árbitro que, após atrapalhar o jogador Clebinho, que tentava um lançamento que redundaria em contra-ataque, o puniu com um cartão amarelo, num ato de prepotência e de abuso de autoridade.

Não satisfeito e num ato de vingança o árbitro ficou na expectativa e na primeira oportunidade deu curso à sua vingança maligna, posto que, numa falta de jogo em que não houve a menor violência, apresentou novo cartão amarelo para o Clebinho e em seguida o expulsou, inclusive destilando ódio, situação que poderia ser inferida pelas suas expressões labiais, numa prova inconteste, que deveria ser observada pela CBF, do seu desequilíbrio emocional e da sua falta de qualidades morais.

O empate, heroico, digamos assim, vez que o Fortaleza este e sempre muito próximo da derrota, mormente depois do gol de empate do Salgueiro, não pode ser debitado apenas ao péssimo árbitro, mas também ao fato de que o Tricolor “aceitou” o jogo do adversário e praticamente não apresentou, especialmente no segundo tempo, uma reação efetiva que tivesse por objetivo mudar o seu desempenho tático e técnico.

Começo a avaliar pelo meio de campo, cada vez mais esfacelado, tendo em vista que tanto o Guto quanto o Pio não fizeram uma boa apresentação, sobrecarregando, sobremaneira o Corrêa, que praticamente sozinho, teve que assoviar e chupar cana, sem falar que o Clebinho, enquanto esteve em campo, excetuando-se o passe para a triangulação que originou o gol tricolor, pouco fez em campo.

No meu ponto de vista deveria ter saído, logo no início do segundo tempo um desses dois volantes e o Fortaleza deveria ter recomposto o modelo tático com um jogador que recompusesse a marcação. Seria uma oportunidade para testar mais uma vez o Rosinei que, como sabemos, tem habilidade, sabe marcar e sair para o jogo.

No meu ponto de vista a atuação abaixo da média do Fortaleza tem a ver com esse setor, cujo mau funcionamento acabou por refletir nos demais compartimentos, tanto é que o Elivelton, normalmente muito seguro, andou levando umas bolas nas costas, o que também não é anormal, considerando-se que o time tinha um homem a menos.

O resultado é que o Fortaleza passou a ser refém do Salgueiro, que foi para cima desde o primeiro minuto e de modo particular após sofrer o gol e ficou sem um corredor de saída, isto porque o William Simões ficou preso na marcação e o Felipe, um dos poucos que se salvaram não tinha com quem dialogar, haja vista que o Juninho, mais uma vez, não foi bem. Afora o Felipe salvaram-se o Corrêa e o Berna, o melhor jogador do Fortaleza e da partida que, mediante defesas importantes, salvou o Fortaleza da hecatombe.

Fica difícil fazer crítica a um time que jogou num estádio péssimo, que foi prejudicado pela arbitragem e que teve um abalo na sua espinha dorsal, de modo que prefiro ver pelo o outro lado, o da bravura, uma vez que todos os jogadores, mesmo atuando abaixo do esperado, se entregaram à marcação e com muita fibra conquistaram esse empate, que deixou o Fortaleza na segunda colocação do grupo e apenas um ponto do líder.

Isto posto temos que observar, no entanto, que um clube da estirpe do Fortaleza, que entra na competição com o objetivo de conquistas, tem que qualificar mais o time, trazendo um meia de ligação, superior aos que estão no elenco, para fazer dupla com o Everton, de cuja ausência a equipe muito se ressentiu nesses dois últimos jogos em que, em sei pontos conquistados amealhou apenas um, muito pouco para quem quer ser campeão.

Acende-se o sinal de alerta e no meu modesto ponto de vista, mesmo o time tendo vários problemas, ficou configurado que ainda não temos um elenco dos mais qualificados e que nos dê segurança com relação aos objetivos tricolores, que são de voos mais altos e não apenas de ascensão pura e simples. Tenho certeza de que o Marquinhos comunga desse pensamento e que, em razão dessa constatação, providências serão ultimadas.

Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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