UM ESTÁDIO EM QUE UM TIME JOGA NO HEMISFÉRIO NORTE E O OUTRO NO HEMISFÉRIO SUL
- Advíncula Nobre
- 1 de jun. de 2016
- 4 min de leitura

Estádio Zerão - Dividido pela linha do Equador
Brincando com o Rodrigues Andrade, porém com uma seriedade que vem da verdade da nossa assertiva, dissemos que o grande repórter tricolor, que é um dos mais respeitados e admirados, pela competência e seriedade, “era um dos mais queridos do lado de cá do Equador” e não nos referíamos ao país e sim ao “círculo máximo que divide a terra em dois hemisférios, Norte e Sul e que atravessa a Região Norte do Brasil e a esse respeito nos aventuramos mais um pouco nas pesquisas.
Descobrimos, e nesse ponto a Geografia se encontra com o Futebol, que essa linha imaginária passa por um única capital do país, Macapá, capital do Amapá, dividindo-a em duas partes, uma no hemisfério Norte e outra no hemisfério Sul. Prospectamos ainda que os macapaenses em homenagem a esse fato singular construíram uma praça de esportes, o Estádio Zerão, cuja linha divisória coincide com a linha imaginária do Equador, de modo que o estádio, a exemplo da cidade, também se divide em dois hemisférios e como consequência um time joga no hemisfério Norte e outro no hemisfério Sul. Uma grande sacada!
Infelizmente quase todos os momentos temos que tocar nessa tecla com o intuito de abrir os olhos da torcida tricolor com relação à essa boataria que sempre tem como alvo o Fortaleza. É incrível, ou como pode acontecer que o nosso rival, que está na Série B, um campeonato tido e havido como de maior visibilidade não tenha nenhum dos seus jogadores assediados e pretendidos por outros clubes, mormente na Série A que, por uma via natural, teria que se abastecer de atletas da Série B.
Do contrário, com o Fortaleza, com relação aos seus atletas e profissionais do futebol, invariavelmente, ano após ano, acontecem as seguintes situações:
1 – Se falta um treinador a imprensa começa a indicar e fazer campanha para que o clube contrate um treinador da terra, sob a argumentação de que os nossos profissionais não são valorizados.
Do contrário, quando o nosso rival troca de técnico essa mesma imprensa, a marrom, ou a imprensa comprometida com as cores pretas e brancas, esquece de fazer a defesa dos treinadores da terra e apregoam aos quatro ventos que o Ceará tem que trazer, preferencialmente, o melhor treinador do mundo, de preferência o Guardiola. Pasmem os senhores! O treinador da terra que serve para o Fortaleza não serve para o Ceará! Não é interessante?
2 – Depois de qualquer insucesso do Fortaleza, parte da imprensa, e agora não é mais a marrom, mas segmentos da imprensa tricolor, que costumam fazer dos seus programas palanques eleitorais, passa a defender de forma ostensiva e arraigada que não deve ficar “pedra sobre pedra no Pici”. De preferência até a diretoria tem que ser posta para fora, chegando a apresentar e a entrevistar, inclusive, nomes alternativos.
No momento em que os jogadores remanescentes do ano anterior começam a acertar, os defensores da “política da terra arrasada” viram avestruzes e colocam a cabeça nos buracos abertos pelas suas próprias hipocrisias. Quando são lembrados dos seus posicionamentos radicais, na maior desfaçatez mentem: Não, mas o jogador tal, eu queria que ficasse e também Fulano, ou Beltrano eu queria que permanecesse. Quanto descaramento!
3 – Lembramos que a imprensa marrom ou a tendenciosa, quando o Fortaleza vai bem, como agora, começa a abrir a fábrica de boatos afirmando que os seus principais jogadores estão sendo pretendidos por outros clubes, a exemplo do Berna, que estaria sendo pretendido pelo Botafogo; do Jean Mota, pelo Sport e assim por diante, situação que levou o presidente Jorge Mota, ontem, a emitir uma nota tranquilizando a torcida e enfatizando a existência dessa “maldosa fábrica de boatos”.
O lado bom é que esse é um sinal e uma comprovação inconteste de que a diretoria vem trabalhando bem, pois se assim não fosse tantos jogadores não estariam despontando, a exemplo do Jean Mota, cuja contratação, contraditoriamente, foi duramente criticada por espécies de imprensa que descrevemos.
É evidente que estamos num Mercado livre em que qualquer jogador, de repente, pode ter os seus direitos econômicos comprados por qualquer clube e o Fortaleza está inserido nesse Mercado, sendo possível desse tipo de assédio.
O que se espera é que se esses jogadores vierem a ser negociados que o Fortaleza não abra mão das multas rescisórias, pois se assim não fizer estará dando um tiro no pé: Perdendo o jogador; diminuindo a qualidade técnica do elenco e perdendo dinheiro, cuja escassez é um problema tanto seu, quanto da totalidade dos clubes brasileiros. Vender pode vender, mas somente se o dinheiro vier na frente.
Quem for viajar para Natal, com o intuito de assistir ao jogo tem que ficar atento ao preço dos ingressos, praticado para os visitantes. Consoante informações pinçadas do Globo Esporte até à quinta-feira a compra antecipada para o 1º Anel Leste e para o Anel Noroeste - setor reservado para a torcida visitante - saem pelo valor de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). A partir da sexta-feira, os valores sobem para R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Efemérides – 1º de junho de 1924 – Fortaleza 5 x 3 Ceará
Por hoje c’est fini.
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