NAÇÃO TRICOLOR - A MAIOR TORCIDA DO ESTADO
- Advíncula Nobre
- 15 de mai. de 2016
- 4 min de leitura

Quando me refiro à grandeza da nossa torcida não estou usando apenas uma figura de retórica, mas falando de uma verdade que é latente e que se nos apresenta claramente aos olhos. Reporto-me à força e à fidelidade de uma torcida que, em qualquer competição sempre esteve, e com certeza estará, entre as maiores do Brasil, razão por que a Nação Tricolor é um orgulho para todos nós e uma espécie de garantia para a Diretoria de que ela jamais estará só.
Para alegria nossa a torcida tricolor, no ranking nacional vem a cada ano melhorando a sua posição, configurando-se como uma das maiores do Brasil. O Globo Esporte, em matéria recente nos mostra esse ranking, em que o tricolor se põe à frente de inúmeros clubes, tidos como de ponta no Brasil e de centros futebolísticos seguramente mais avançados que o nosso e isso deve ser motivo para regozijo.
Vejamos essas posições: O Corinthians, que tem a segunda maior torcida do Brasil, está em primeiro lugar, com uma média de 33.988 pagantes. Em segundo vem o Palmeiras que, no que pese não ter tido grandes participações nesse primeiro trimestre, ostenta uma média de 23.835, que nos diz claramente que a sua torcida é firme e não o abandona nos momentos de dificuldades.
Em terceiro vem o São Paulo 21.537 Pagantes, uma torcida que também mercê os nossos parabéns, até porque, a exemplo do Palmeiras, vem num período de decadência. Em Quarto temos o Atlético Mineiro, outro time de grande torcida, com média de 19.753. O quinto é o Grêmio, que tem uma torcida, cujo slogan é “estaremos com o Grêmio onde o Grêmio estiver” e vem provando isso nas arquibancadas, com uma média de 19.494. O sexto é o Cruzeiro, que não vem numa fase boa, mas que tem uma torcida leal, cuja média é de 14.357. Fechando o ciclo dos sete primeiros temos o Atlético Paranaense com 14.029.
Em oitavo lugar vem o Fortaleza, à frente de equipes das mais laureadas e campeã paulista, o Santos e de todos os times cariocas, incluindo-se o Flamengo que tem a maior torcida do Brasil, com uma média de 13.375. Muito à frente também do nosso rival, que está apenas na vigésima primeira posição com uma média de 7.700 pagantes e quase a metade da nossa média, numa prova inconteste de que temos “a maior torcida do estado” e uma das maiores do Brasil.
Ouvi muito e continuo ouvindo e vendo determinados profissionais da imprensa, geralmente membros honorários da imprensa marrom, afirmando taxativamente que o nosso campeonato não é parâmetro para nada e que depois da sua realização tem que se processar nos clubes uma verdadeira revoada, tendo estes que contratar maciçamente visando as competições nacionais, isto para dizer que os elencos dos campeonatos não estão aptos tecnicamente para disputar essas competições.
Vejo essas afirmações com reservas. Quero apenas lembrar que com esse mesmo elenco do Estadual, o Tricolor fez uma boa participação na Copa do Nordeste, tendo vencido com autoridade o Sport, um clube de primeira divisão e caindo diante do Bahia, nas quartas de final, com quem jogou de igual para igual, num jogo em que até o último minuto procurou a vitória, tendo colocado no apagar das luzes, com o Juninho, uma bola na trave que poderia ter lhe dado a classificação.
Recentemente enfrentou o Flamengo pela Copa do Brasil, como o mesmo elenco do campeonato, vencendo-o por 2 x 1 e poderia até ter feito mais gols se não tivesse perdido algumas oportunidades e se tivesse sido mais incisivo.
Devemos patentear que o Flamengo, consoante a imprensa carioca, veio com todos os titulares e disposto a eliminar a partida de ida, isto porque a Copa do Brasil é a única competição que lhe sobrou no primeiro semestre, vez que foi eliminado de todas as outras e que pode leva-lo à Libertadores.
Com fluxo nessa analise podemos ver que o campeonato cearense não é assim tão ruim assim como dizem e que os clubes, evidentemente, precisam de ajustes ao seu término, como qualquer empresa que periodicamente tem que avaliar o seu quadro funcional, promovendo os ajustes necessários.
O que ocorre é que não sabemos valorizar, e nesse ponto a imprensa marrom é mestra, o nosso campeonato, isto porque se o vendêssemos melhor, todos sairiam ganhando, clubes, atletas e empresas que investem no campeonato via imprensa falada, escrita e televisada.
Avalio como paradoxal e preocupante, além de ser um contrassenso, que essa imprensa esportiva, que aufere lucros à custa do nosso futebol, via anunciantes, seja a primeira a denegrir a sua imagem. Deveria se espelhar na imprensa paulista, que sabe vender o seu principal produto, o Paulistão, que um dia já foi desvalorizado como o nosso e que foi recuperado num breve espaço de tempo através de uma ação conjunta, capitaneada pela Federação.
À época a Federação paulista investiu nos clubes, a quem emprestou dinheiro e para quem contratou grandes jogadores, a exemplo do Marcelinho Carioca para o Corinthians e do Edmundo para o Palmeiras e a partir desse trabalho a quatro mãos o Paulistão evoluiu, superou o campeonato carioca, que era a menina dos olhos do Brasil e hoje é o maior campeonato deste país.
A recuperação do nosso campeonato passa por esse tipo de ação, que coloque no mesmo cesto a federação, os clubes, a mídia e as empresas. Enquanto tivermos programas, como O Trem Bala, denegrindo a imagem do nosso campeonato para o Brasil todo, não chegaremos a lugar nenhum. Isso é um comportamento deplorável e próprio de pessoas que, como se diz popularmente “cospe no prato que come”.
Se esse pessoal não quiser ajudar a vender uma boa imagem do nosso campeonato, que pelo menos o deixem seguir o seu curso, dentro da máxima que nos ensina que “se não pudermos ajudar, que pelo menos não atrapalhemos”.
EFEMÉRIDES - 14 de maio de 2000, pelo Campeonato Cearense, Fortaleza 2 x 1 Uniclinic.
Por hoje c’est fini.
Advíncula Nobre
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