O CAMPEONATO CEARENSE NÃO FOI MOLEZA PARA O FORTALEZA
- Advíncula Nobre
- 13 de mai. de 2016
- 4 min de leitura

A CBF enfim mostra preocupação com a arbitragem brasileira, exatamente na semana e no mês em que se inicia o Campeonato Brasileiro, em três divisões. E é para preocupar mesmo, vez que mostro apenas dois exemplos, sobre os quais já discorri, para deixar patente e evidenciado que a arbitragem como um todo e de modo mui particular a cearense vem cometendo erros grotescos e dantescos.
Por ocasião do Clássico rei, com um rigor desmedido o César Magalhães, que sempre complica contra o Fortaleza, expulsou abruptamente o Pio e carregou na tinta contra o jogador, tanto é que TJD-F, outro inimigo gratuito do Tricolor, que punir o jogador com 720 dias de suspensão, o que parece uma brincadeira criança, pois mais do que isso fez o Bill e não foi denunciado.
No jogo decisivo, em que o Fortaleza venceu o Uniclinic por 1 x 0 o árbitro Cleuton Lima anulou um gol legítimo do Fortaleza e deixou de assinalar uma penalidade máxima a favor do Tricolor, num lance em que o Jean Mota, nas suas barbas, foi derrubado duas vezes. Apanhou, se levantou e apanhou de novo. E por isso pergunto: Isso é ruindade ou má intenção, ou as duas coisas? E Olha que a FCF trouxe um cidadão de fora visando melhorar a nossa arbitragem e, como resultado, essa piorou.
Pois bem, através da CONAF – Comissão de arbitragem da CBF, SEMANA E NO MÊS EM QUE SE INICIA O Campeonato Brasileiro nNa semana que antecede o início do Campeonato Brasileiro, a questão do apito volta novamente à tona por ser assunto sempre envolvido em polêmica no futebol. Na tentativa de melhorar a qualidade da arbitragem nacional, a Comissão de Arbitragem da CBF, aquela entidade, que rege os destinos do nosso futebol promete profissionalizar a arbitragem brasileira, num prazo máximo de três anos.
Esse quadro nacional de árbitros e assistentes, a ser formado, teoricamente traz uma nova esperança para o nosso futebol, uma vez que o profissional, que é treinador para exercer da melhor forma a sua profissão, tem a obrigação de acertar, como o médico, por exemplo, que se errar pode matar o doente. O árbitros ao errarem, e erram muito, colocam por terra, ou seja matam o paciente que é o clube, e que por vezes, em função de um erro crasso, e sem nada poder fazer, ver correr por água abaixo um trabalho longo, feito com muito carinho e profissionalismo.
O Fortaleza se sagrou no último domingo Bicampeão Cearense, conquistando o seu quadragésimo primeiro título, colocando-se entre os clubes mais laureados do país.
Essa conquista está sendo considerada com uma das mais fáceis, pela imprensa tricolor ou não, porque a disputa final se deu com o Uniclinic e não com o nosso rival.
Peço vênia para discordar dessa assertiva, posto que, para mim se tratou de uma das conquistas das mais difíceis do Tricolor. Em primeiro lugar devo dizer que o Uniclinic, que vem sendo reputado como de qualidade técnica inferior, superou o nosso rival, que também foi sobrepujado pelo Guarany de Juazeiro e pelo Guarany de Sobral.
Esse descontentamento é porque o Ceará, que terminou a segunda fase empatado em 9 pontos com o Guarany de Sobral, por falta de uma vitória a mais, ficou fora das semifinais, colocando a culpa no regulamento.
Na verdade o Fortaleza não teve moleza porque na segunda fase enfrentou o nosso rival, em duas partidas, ganhando 4 dos 6 pontos disputados, resultados que alijaram o nosso principal concorrente, que se tivesse vencido uma dessas partidas superaria o Guarany de Sobral e à essa altura poderia estar comemorando o título.
O Fortaleza enfrentou complicações de natureza técnica e financeira. Tecnicamente a dificuldade maior se constituiu pelo fato de que o Flávio Araújo, contratado com a aquiescência de todos, não conseguiu emplacar, levando o Fortaleza, na segunda fase, a correr o risco de não se classificar para as semifinais
A situação só viria a mudar a partir do dia 06 de março em que o clube, sob o comando do Jorge Veras, mas com o Marquinhos Santos já como observador, no Junco, venceu o Guarany de Sobral por 2 x 0 e encaminhando a classificação para as semifinais que, àquela altura poucos acreditavam possível.
Enfrentou sérios problemas financeiros, haja vista que desde o dia 17 de outubro de 2015,l quando empatou em 0 x 0 com Brasil de Pelotas e foi eliminado da Séria C, só viria a participar de uma competição oficial no dia 10 de janeiro de 2016, após 89 dias, pela Taça dos Campeões, quando venceu o Guarani de Sobral por 3 x 0, em jogo de portões fechados em função da punição de 7 jogos, imposta pelo STJD em decorrência da invasão de campo durante as comemorações das conquista do campeonato de 2015
A primeira partida do Cearense de 2016, ainda por força da punição de sete jogos, foi disputada no estádio do Junco, contra o Itapipoca e o Fortaleza amargou um déficit de R$. 9.251,74 e completando 103 dias que ao invés de auferir lucros sofria prejuízos.
Nesse período, mesmo sem dinheiro em caixa teve que formatar o elenco para 2016 e por não contratar medalhões foi duramente criticado pela imprensa, inclusive a tricolor, que voltou as suas baterias contra o diretor de Futebol, Marcelo Paz, para quem, em determinados programas de rádio, apresentou até substituto. O presidente sensatamente o manteve no cargo.
Fizemos esse relato para mostrar todas as dificuldades desta conquista, tanto financeiras, como de natureza técnica, as quais a diretoria soube superar, conquistando um título como o mesmo elenco que foi praticamente execrado. Méritos para a diretoria, que com serenidade soube superar as dificuldades e para o Marquinhos que, implantando uma filosofia vencedora conquistou um título, cuja conquista só foi possível porque, tanto o Marquinhos, quanto o Fortaleza souberam se reinventar.
EFEMÉRIDES – No dia 13 de maio de 1926, pelo Campeonato Cearense, Fortaleza 6 x 2 Ceará. Essa vitória ocorreu há 90 anos.
Por hoje c’est fini
Advíncula Nobre
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