PROGRAMA FALA LEÃO FAZ HOMENAGEM A PEDRO BASÍLIO
- Advíncula Nobre
- 4 de mai. de 2016
- 3 min de leitura


O programa Fala Leão de ontem, 03 de maio de 2016, homenageou um grande ídolo tricolor e a sua família, que não brilhou apenas no Fortaleza, mas em grandes clubes do futebol brasileiro, como Sport e Internacional, tendo uma passagem pelo nosso rival, que não vem ao caso e que deixou de forma indelével o seu nome escrito com letras de ouro nas tábuas que contam a história gloriosa do Fortaleza Esporte Clube.
Reportamo-nos a Pedro Basílio Filho, nascido a 2 de março de 1951, simplesmente Pedro Basílio, cognominado de “A Maravilha Negra do Parque dos Campeonatos”, um menino prodígio, que aos 16 anos já era o titular absoluto da seleção da sua cidade natal, Crateús e que, por uma dessa felizes coincidências teve o seu destino ligado umbilicalmente ao Fortaleza, vez que, como se guiado pela sorte, iniciou a sua carreira no “Fortalezinha” da sua cidade e, em 1968 chegou ao Tricolor de Aço, tendo a sua carreira marcada no início pelo Fortaleza e no auge pelo grande Fortaleza.
O que ocorreu é que governado por mais um desses traços e dos caminhos do destino, que lhe reservou um bom fado, o Fortaleza, à época treinado pelo Moésio Gomes, coadjuvado pelo Luiz Veras, fez um amistoso em Crateús, com a seleção crateuense e o futebol do menino, de apenas 16 anos, os encantou, de tal forma que de imediato o trouxeram para o Pici, sendo, pois o Moésio Gomes quem o descobriu para o futebol brasileiro.
No Tricolor atuou inicialmente na lateral direita, cuja posição, depois, passou a ser ocupada por outro monstro sagrado, o Louro, quando então, encontrando a sorte grande, foi guindado e deslocado à zaga central, onde se notabilizou como um dos mais seguros zagueiros dos país, sendo comparado à época ao grande Luiz Pereira, zagueiro do Palmeiras e da Seleção Brasileira, a quem se igualava na classe, na categoria e no vigor físico.
O grande zagueiro, que também foi campeão pelo Sport, em 1975, após um jejum de 12 anos do time pernambucano, conquistou defendendo o Fortaleza, por quem jogou de 1968 a 1972; de 1973 a 1974 e de 1982 a 1988 os títulos do Campeonato Cearense de 1973, 1974, 1982, 1983, 1985 e 1987, totalizando seis conquistas, que contribuíram com 15% de todos os títulos amealhados pelo Fortaleza. Além disso tem outros títulos pelo nosso rival que não vale a pena enumerar, embora tenha sido também grandes conquistas.
Construiu com a Senhora Tereza Cristina, a quem conheceu numa lanchonete no centro da cidade e por quem se apaixonou instantaneamente, nascendo um grande amor à primeira vista, de cuja residência apresentamos o Programa Fala Leão, uma bela família, de cuja união nasceram seis rebentos: Kelly Cristina, Patrícia Cristina, Renata Cinthia, Andrea Rena, Márcio André e Pedro Paulo, que lhes premiaram com onze netos, alguns dos quais participaram do programa, a exemplo do Samuel Wendel e do Pedro Isaac, todos tricolores, que honram o nome insigne do grande Pedro Basílio.
O Pedro Basílio, sem dúvida alguma, foi um dos melhores zagueiros do Tricolor de Aço em todos os tempos, recebendo até hoje o reconhecimento e a gratidão da torcida, que o coloca no mesmo nível e patamar de outros zagueiros tricolores famosos e importantes, a exemplo de Sanatiel, Zé Paulo e Ronaldo Angelim, que com o Basílio, se configuram como verdadeiros monstros sagrados do Tricolor de Aço, e para usar uma palavra muito em voga “são verdadeiras autarquias tricolores”.
Infelizmente o grande zagueiro, que dentro de campo era um gigante nos deixou em 21 de novembro de 2007, partindo precocemente para o plano espiritual, convocado que foi para defender, reforçar e abrilhantar a Seleção do Céu” deixando em cada um de nós, principalmente para aqueles que como eu e o Araújo Coração de Leão acompanharam a sua trajetória vitoriosa, a sensação e a certeza de uma perda irreparável, amainada apenas pela beleza da sua história e pela figura humana exponencial, que por mais de uma década brindou a Nação Tricolor com muitas alegrias e conquistas.
O Pedro Basílio não está mais conosco, mas o seu nome, tal qual uma estrela cintilante de primeira grandeza, brilhará para sempre nos céus do Pici, no coração de cada um de cada um de nós e nos anais da história tricolor, figurando com muita justiça no panteão dos heróis do Tricolor.
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